segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O encontro pessoal e íntimo

O que vos parece mais verdadeiro e natural na fé ?
Ter como prioridade aprofundar a vida e acontecimentos de Jesus, com a esperança de que um dia nasça o desejo no coração de segui-Lo ou ter como prioridade, em tudo o que se faça, de  construir oportunidades de um encontro pessoal e íntimo com Jesus? Não será, que desta última forma, nasce naturalmente o desejo ardente, uma sede de saber mais acerca Dele? Eu creio que sim...

Dedico este post a todos os catequistas que sinceramente buscam servir a Deus pela bela missão que têm, que buscam com urgência fazer de tudo para tocar os corações das crianças pelo Amor Daquele que nos amou acima de tudo...


Como vos contei aqui, a catequese começou, cheia de desafios...Este ano vou acompanhar o grupo na minha paróquia, que deixei no 4ºano. Fiz uma paragem de um ano pois, a Sofia nasceu e com os outros dois, senti que precisava deste tempo. Mal os encontrei na primeira catequese, vinham todos contentes e começaram a dizer:
- " Catequista, ainda me lembro das histórias todas da Bíblia que nos contou!"
- " Ai, sim. Conta lá então." Respondi eu com um sorriso.
- " A história daquele que nunca tinha cortado o cabelo, tinha tanta força que derrotava tudo. Ah! e foi enganado pela Danila"
- "O Sansão!"- respondeu outro- " A história de David e Golias, de José o Sonhador, Samuel..., são tantas".

A minha catequese no 4ºano foi rica em histórias da Bíblia. Depois de cada tema, lá vinha mais uma história e eles não se importavam que fosse repetida. Adoravam os pormenores...ficavam admirados como a Bíblia tinha histórias tão divertidas e interessantes. Depois deste encontro pessoal com a Bíblia lida, iam de bom grado lê-las na Bíblia, pois queriam saber mais.  Sei que dificilmente se esquecerão desses episódios. 
Procurava sempre que eles sentissem através da simplicidade da catequese o amor do próprio Deus que deseja uma única coisa, o encontro pessoal e íntimo nos seus corações. 

Simplificar a catequese, não significa "abreviar". Simplificar significa ir ao essencial, aprofundar o que é verdadeiramente importante e transformador. 

A catequese não se avalia pelo tempo que dura, nem pela quantidade de fatos que foram abordados. A sua qualidade vê-se naquilo que ficou e que nunca se esquecerá... naquilo que será posto em prática na vida adulta e na caminhada espiritual. 

Muitas das minhas catequeses foram passadas à frente do santíssimo, de uma forma muito simples. Como eles gostavam de cantar para Jesus! Estimulava a conversarem com Ele sem receios.

Muitas catequeses, o grupo do 4ºano, se juntou ao grupo de jovens e lá íamos nós na carrinha do padre Ilídio visitar as pessoas idosas da nossa terra.  

Comecei a perceber que este encontro pessoal e íntimo com a palavra de Deus, com o próprio Jesus na eucaristia e no sofrimento e fragilidade de próximo, tinha que ser cultivado. Pois, através deste encontro, naturalmente eles buscavam saber mais e iam ao encontro de Jesus. No fim da caminhada do 4ªano, a maioria começou a servir na santa missa: uns foram para o coro e outros se tornaram acólitos. Sempre que vou à missa fico feliz ao vê-los: fieis e felizes servindo o Senhor.

1 comentário:

  1. " A sua qualidade vê-se naquilo que ficou, e que nunca se esquecerá..." é tão verdade.
    E sim, eu também penso que a prioridade é procurarmos o encontro íntimo com Jesus, porque daí surgem todas as outras necessidades: conhecê-Lo melhor, dar-Lhe mais tempo, partilhar tudo com Ele, amar mais,...

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