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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Peregrinação ao Santuário do Santíssimo Milagre em Santarém


No mês passado a catequese da nossa paróquia foi a Santarém em peregrinação ao Santuário do Santíssimo Milagre. Não conhecem? Aqui fica link: http://www.santissimomilagresantarem.pt/web/.

Em Santarém no ano de 1247 ocorreu um milagre eucarístico. Há uns anos atrás encontrei este documento: http://www.therealpresence.org/eucharst/mir/port_mir.htm e fiquei maravilhada!  Ainda o Gabriel e a Clarinha eram pequenos e eu já lhes contava histórias dos milagres Eucarísticos ocorridos um pouco por todo o mundo.  

Este ano o Serge é catequista do ano para a preparação do crisma. Fui assistindo a alguns temas que ele ia apresentado acerca dos Santos e da presença real de Jesus na Eucaristia. Um dia depois de uma catequese, ele vinha muito triste e espantando. De todos os jovens que iriam fazer o crisma este ano nenhum acreditava na presença real de Jesus na Eucaristia.  Eu também tenho sentido o mesmo, que a descrença e falta de testemunho entre os jovens, famílias e comunidade tem aumentado...
Depois de algumas conversas com catequistas e pais o desafio ficou lançado, pois é urgente divulgar, dar testemunho.
Foi um dia muito abençoado, não só pela chuva que caia, mas principalmente pela chuva de graças que cada um recebeu no seu coração. 
No Santuário, ouvimos a história do milagre, rezámos pela nossa paróquia, pelo nosso pároco e pelas famílias. Tivemos a bênção de nos aproximarmos individualmente da Santa relíquia.... Foi muito especial! Não consigo utilizar palavras para descrever tudo aquilo que se passou.
E ainda há uns dias atrás, ao buscar a Clarinha à escola, uma menina disse-me: " Gostei muito, muito da nossa ida a Santarém."


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A Palavra de Deus

Este ano o Gabriel está no 4ºano da catequese. A Festa da palavra na nova paróquia foi logo no início do ano onde todos os meninos receberam a sua Bíblia. No final da celebração fui cumprimentar o padre Paulino, o sacerdote nosso amigo que celebrou a missa e entregou as Bíblias. Pedi-lhe que escrevesse algumas palavras para o Gabriel e assinasse para recordação. 

-" Ainda te lembras da promessa que fizeste na missa?"- perguntou-lhe. Ele acenou com a cabeça.
-" A Bíblia não é para ficar na prateleira como ornamento e ganhar pó,  mas sim para ser aberta todos os dias um pouquinho e ouvirmos o que  Jesus tem para nos falar...."

Cá em casa há algumas Bíblias, mas quando ele recebeu a sua começou logo a explorar os mapas das viagens de São Paulo e todos os anexos no fim da mesma e fazia muitas perguntas. Além de ele pegar na Bíblia para a explorar e ler sozinho, desde então, depois das manas mais novas se deitarem ficamos mais um pouquinho meditando as leituras do dia e o salmo. Tem sido muito bom, pois tem sido uma disciplina também para mim. É impressionante como a Palavra de Deus responde, orienta e ilumina o nosso caminho quando temos que tomar decisões e educar os nossos filhos. O que seria de mim sem a Palavra de Deus? Sem a sua orientação? Nela encontro as raízes da minha esperança e alegria!




Sim, este é um grande tesouro! Eu sei que se os meus filhos caminharem segundo a Palavra de Deus encontrarão a verdadeira felicidade e a consolação e socorro de Deus nas dificuldades...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Dia 20, um dia em cheio...

A poucos dias do nascimento do Senhor, depois dos ensaios e da Santa Missa na nossa comunidade, o grupo da catequese apresentou uma peça de Natal para toda a comunidade dentro da Igreja, depois da benção final do padre Paulino. Uma prenda para o Senhor...


Os meninos andava a treinar a peça que durou 30 minutos já há muitas semanas. A nossa querida catequista Ana Maria apresentou-nos um guião cheio de passagens e com muitas músicas.
A presença e a ternura do nosso "menino Jesus" e de Maria tornaram o ambiente cenário de contemplação... 



O Gabriel e a Clarinha participaram e até eu tive papel na história. Que alegria!


Mas o dia não ficou por aqui. O almoço foi apressado pois já faltada pouco tempo para as 15h e iriamos estar mais uma vez juntos para rezarmos com as famílias de Caná. A Aldeia da abóboda orientada pelo João e pela Sónia, os nossos queridos amigos, caminha com união e simplicidade. 


À luz dos Mistérios da Fé e conduzidos pelo João procurámos meditar no nascimento do Senhor. Lançámos preces diante do Santíssimo para que o Senhor pudesse nascer naqueles locais da nossa vida mais difíceis e que escondemos...
As crianças foram convidadas a se aproximarem mais perto do Santíssimo e a falarem com Jesus. Depois rezámos todos juntos o terço com a presença do Padre Miguel. Que bênção!
A brincadeira e a conversa estendeu-se até á noite no parque das crianças que andavam animadíssimas no escorrega e nos baloiços.
 Um dia em cheio...

terça-feira, 27 de outubro de 2015

As portas estão sempre abertas para ti na catequese

Quando era catequista do 7º ano na paróquia de Proença-a-nova, tinha a ficha de inscrição de um catequizando que nunca tinha vindo à catequese. Depois de duas ou três faltas seguidas perguntei aos colegas se sabiam quem ele era.

- " Sim, catequista. Ele é da nossa escola e está a repetir o ano. O ano passado nunca veio à catequese." Senti-me triste. Eu era a sua catequista e nem uma vez tive oportunidade de lhe falar de Deus. Algumas vezes já tinha entrado na escola e resolvi voltar. Quando entrava, lá apareciam as caras conhecidas a sair apressadas para o recreio:

- " Olá catequista! Veio visitar-nos?"
-" Estou de passeio e bem acompanhada". A Clarinha era ainda pequena e passeava no meu colo. As funcionárias metiam-se com ela e perguntavam-me quem era.

-" Onde está o resto da turma?"
-" Estão ali do outro lado do recreio."
-" Ah, alguém viu o vosso colega que nunca veio à catequese?"
-" Sim, catequista. Ele é da outra turma. Eu vou lá chamá-lo."

Nesse instante, oiço as meninas a cochichar: " A nossa catequista quer falar com ele", uns andavam para um lado, outros para o outro e mais dois colegas a procurarem-no.  Ás tantas já havia uma multidão à minha volta. Alguém me disse:

-" Ele está aqui catequista!" Aproximei-me dele.  Sorri. 
-" Olá, eu sou a Rute, a tua nova catequista este ano. Não precisas ficar atrapalhado. Sabes, sinto a tua falta nas aulas de catequese, fazes parte do grupo. Sei que és mais velho mas és bem-vindo e as portas estão sempre abertas para ti na catequese." Voltei a sorrir. Ele olhou-me nos olhos e sorriu também. Dei-lhe um grande abraço. Sei que alguma coisa aconteceu naquele instante e nem o fato de ele nunca ter aparecido na catequese depois daquele dia me fizeram sentir fracassada no meu gesto. Eu sei que alguma coisa ficou gravada no seu coração. Será que alguém já lhe tinha dito que sentia falta dele e que ele era bem-vindo na catequese?

Deus faz o mesmo comigo cada instante. Chama-me vezes sem conta quando me afasto. Muitas vezes finjo que não o oiço e insisto caminhar à minha maneira. Mas ele não vai desistir de me chamar até que eu lhe diga sim e volte para perto Dele. Muitas vezes desistimos das pessoas, ignoramo-as sempre que saem da rota e pensamos; " É um caso perdido!" Pelo contrário, são a essas pessoas que temos de dar mais atenção, acolhe-las e trazê-las para perto do amor de Deus. Muitas vezes, esses "casos perdidos" vão à nossa frente para o céu quando se convertem e descobrem o Senhor.

 Deus tinha-o chamado naquele instante mas ele ainda não estava preparado. Sempre que passo perto da escola penso como ele estará. Um dia voltarei. Sim, voltarei, nem que seja para lhe dar de novo um abraço.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

As mudanças, as famílias e a alegria III

Com a mudança de casa surge naturalmente a mudança do grupo de catequese. O Gabriel que passou para o 4ºano da catequese estava um pouco ansioso para saber quem seriam os seus colegas novos na catequese. Como agora estamos inseridos numa pequena comunidade paroquial perto da nossa casa, o ambiente é também muito familiar e próximo. No primeiro dia da catequese, eu fui com o Gabriel, também eu estava ansiosa por cumprimentar as outras catequistas e sentir o ambiente geral. Estavam poucas crianças para a catequese de todos os anos, cumprimentei os meninos e as catequistas e disponibilizei-me para ajudar no que fosse preciso. A catequese em comunidade na paróquia, é de fato, uma oportunidade para chegar a mais famílias e conhecer outras realidades. O Gabriel lá ficou com o grupo todo o resto da catequese. Com isto tudo, a Clarinha, voltou a fazer a mesma pergunta:
- "Porque eu ainda não posso receber Jesus?"
-" Clarinha, ainda és pequena para receber Jesus. Sabes, tens de ir à catequese como o mano, tens que te confessar ao Sr. Padre e saber pedir perdão das vezes que não fazes aquilo que a mãe te pede e tens que estar mais atenta na missa. Tu sabes isso, eu já te tinha explicado, não é?"
-" Mamã, eu posso confessar-me quando o mano for?"
-" Podes, tu sabes quais são as coisas que fazes mal para pedir desculpa a Jesus?"
-"Sim, mas tu podes-me ajudar? E se o padre ficar zangado?"
-" Não tens que ter medo do padre, Clarinha! É Jesus que está a ouvir-te no lugar dele, sabias? Além disso, o padre nunca vai ficar zangado contigo, pelo contrário, ele vai abençoar-te no fim e o teu coração vai ficar limpinho!"  
-" É hoje que nos vamos confessar?"
-" Hoje ainda não. Mas em breve iremos."

Uns dias antes do segundo dia de catequese a Clarinha disse-me num pulo, olhando nos meus olhos:
- " Mamã, também quero ir à catequese com o mano!" 
-" Bom,... podemos perguntar às catequistas. Sabes Clarinha, durante a catequese  tens de estar quietinha e escutar muito bem o que a catequista estiver a falar de Jesus. És capaz? 
-" Sim... É muito difícil?" 
- " Bom, ainda não sabemos se as catequistas vão deixar, pois ainda só tens 5 anos. Os meninos usam um livro na catequese, mas tu ainda não sabes ler." Ela olhou para mim, com um ar pensativo.

No segundo dia de catequese, levei a Clarinha comigo e apresentei-a às catequistas e à catequista responsável explicando o desejo dela de participar na catequese. Receberam-na da braços abertos e ela ficou muito feliz. No mesmo instante fiz a inscrição dela no 1ºano de catequese. E a sua nova amiga também se inscreveu. Que alegria caminharem juntas e se motivando uma a outra na descoberta de Jesus!

- " Mamã, podes-me ensinar as letras?" Eu sorri e pensei, que mais coisas a minha filha me pedirá. Talvez ela possa pôr em prática, o que vai aprendendo comigo, e ler o catecismo do primeiro ano. 
Estamos na aventura das letras e ela tem trabalhado bastante. No intervalo, muitas pinturas a aguarela e desenhos.

Mas não tenham ilusões acerca da santidade da Clarinha. Dos três ela é a mais traquina, cheia de vida, expressiva e comunicativa, mas também é aquela que me dá mais trabalho. É também a mais determinada, aquela que não quer estar parada na missa, pulando para todo o lado e muitas vezes me deixa envergonhada. Mas ela é mesmo assim! Ela tem um desejo grande por Jesus e isso me basta e me consola no meu cansaço, enquanto lhe tendo mostrar o caminho...


segunda-feira, 22 de junho de 2015

A catequese em festa

Ontem a catequese da nossa paróquia esteve em festa! A paróquia de Cardigos onde ambos damos catequese tem poucas crianças e jovens e a festa, à excepção da primeira comunhão, ocorre numa única celebração para todos os anos.
Foi uma celebração muito bonita e os meus meninos do 6ºano fizeram a sua profissão de fé. Como os meus meninos estavam lindos!
O dia da festa da catequese lembra sempre a toda a comunidade que a paróquia tem vida! Há crianças e jovens que querem crescer na fé, que buscam saber o que deixa Jesus feliz, que querem ouvir as histórias da Bíblia e saber mais sobre a vida dos santos. É um pouco isso que eu passo na minha catequese. 
Este dia foi só um símbolo exterior para toda a comunidade do trabalho e dedicação que foi feito ao longo de todo o ano...


 


No final da celebração, o Padre Ilídio chamou todos os catequistas ao altar e agradeceu o seu trabalho e dedicação ao longo do ano.
Na verdade a catequese não acontece isolada numa paróquia, trabalhamos em equipa, caminhamos juntos: catequistas, sacerdotes e famílias. Tive oportunidade ainda em nome de todos os catequistas agradecer à equipa de sacerdotes da nossa paróquia que nos acompanha, que nos possibilita receber Jesus em cada Eucaristia e agradecer a todos por estarmos ali juntos...

Em cada criança, em cada jovem, em cada sorriso esconde-se o rosto de Cristo. Se estivermos atentos, todas as pessoas com quem nos cruzamos são as pessoas certas para nos mostrar a grandiosidade do amor de Deus. Deus esconde-se também nas pessoas que temos dificuldade em amar e espera de nós um sim. 
Sim! Eu quero amar todos como Tu nos amas, Senhor!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Ele vem passear connosco pelas ruas e abençoar-nos...

- "Imaginem uma pessoa muito famosa, em todos os meios de comunicação social se ouve falar da vida dela. Sabemos a idade, onde mora, o que gosta de fazer, e até sabemos quem são os seus amigos e família... Contudo vocês nunca falaram ou estiveram pessoalmente com ela. Vocês acham que essa pessoa é importante na vossa vida ou a podem chamar amigo?" - Esta foi pergunta que fiz na catequese ontem aos meus meninos do 6º catecismo já no fim do nosso encontro. Eles foram unânimes e responderam:
- " Não, catequista."
- " Pois, bem. O mesmo acontece com Jesus na nossa vida. Podemos saber muitas coisas acerca Dele, ele até é uma pessoa muito famosa. Na catequese aprendemos muito acerca da vida Dele, mas se vocês não O visitarem, falarem com Ele, pedirem-Lhe ajuda, irem receber o alimento na Eucaristia para serem fortes, Ele nunca será uma pessoa importante na vossa vida..."
Nos minutos antes de terminar a catequese , ficámos ali a pensar em tudo aquilo que precisávamos fazer ao longo do nosso dia para termos esta proximidade e intimidade com Jesus.

-" Catequista, hoje não vou à procissão."- disse-me um dos meninos. Dou sempre catequese antes da missa e ontem, como se celebrou a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo na paróquia, tínhamos a procissão com o santíssimo nas ruas.

-"Imagina que tinhas uma amigo que estava sempre no quarto à espera que o fosses visitar pois ele não podia sair de lá. Só um dia por ano ele podia sair à rua e passear contigo. Tu ficarias em casa e deixavas-o sozinho? Tenho a certeza que não. Olha, Jesus, é esse amigo que se encontra o ano inteiro fechado no sacrário da nossa igreja por amor, para nos servir de alimento. Mas uma vez por ano, ele vem passear connosco pelas nossas ruas e abençoar-nos. Não é tão maravilhoso? Vem à rua, vem acompanhar o teu amigo..."  

Ontem o dia estava encoberto mas muito abafado e quente, no momento da procissão não havia um raio de sol.
Jesus lá estava connosco, caminhando ao nosso lado. as ruas estavam coloridas e perfumadas de pétalas de rosa e de outras flores da época.










A Clarinha fica sempre deliciada nas procissões, quis ir de mão dada com os anjinhos perto de Jesus  e no fim levou muitas rosas e flores para Jesus,  para deixar no nosso canto de oração.

No meio do percurso da procissão, o céu abriu-se e raios de luz intensos perfuraram as nuvens. Senti a benção de Deus sobre as nossas famílias e sobre todas as famílias de Caná espalhadas pelo país...




segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dia diocesano da catequese em família

Sim, este ano como ambos somos catequistas, o dia diocesano da catequese foi vivido em família. No passado dia 25 de Abril estivemos em Castelo de Vide, apesar do frio e chuva foi um dia muito enriquecedor, que nos deixou com o coração cheio.



Ao chegarmos tivemos um momento de acolhimento e oração com a presença e algumas palavras do Sr. Bispo D. Antonino Dias. A cada participante de cada arciprestado foi entregue uma faixa colorida, a nossa era azul.  Catequizandos e catequistas encheram a igreja de alegria e cor.


Da parte da manhã, jovens e crianças tiveram as suas atividades. Enquanto isso, os catequistas tiveram a graça da presença do Pe Paulo Malícia numa conferência intitulada : " Catequese: expressão da maternidade espiritual da Igreja." 



Enquanto ouvia as palavras do Pe. Paulo Malícia, agradeci a Deus por estar ali. Reencontrei de uma forma simples, através das suas palavras, o verdadeiro sentido da catequese numa comunidade, numa paróquia. Lembrei-me de todos os catequistas que perderam a oportunidade de ali estarem presentes e ganharem força para enfrentarem os desafios das nossas comunidades.

Deixo aqui alguns dos meus apontamentos:

 A Igreja é mãe. Uma mãe que dá vida e identidade, pois é ela que nos gera na fé. A fé que é uma dádiva, um dom de Deus, concedido na Igreja e através da Igreja. Como podemos nós viver com Jesus sem a Igreja? Mas será que amamos a Igreja como a nossa própria mãe, sabendo entender também os seus defeitos, fragilidades e limitações?
A Igreja, tal como uma mãe, não se limita a dar vida e identidade mas ela educa os seus filhos e nos sustenta na nossa caminhada. Ela ajuda os seus filhos a crescer, transmitindo a Palavra, os sacramentos: a eucaristia, a reconciliação e a unção dos enfermos.
A Igreja é mãe, mestra e catequiza.
A catequese é sempre expressão da maternidade espiritual da Igreja cuja missão é: gerar, despertar a fé, acolher e sustentar a fé. 
A catequese é para toda a vida porque a Igreja é mãe, e acompanha os seus filhos ao longo de toda a vida.
Os desafios da catequese passam por acolher: os catequizandos, as famílias e as periferias. O catequista deve ser um acompanhador e a catequese deve proporcionar experiências significativas no Amor de Deus, no encontro com Deus, da Palavra de Deus e de ser membro ativo da Igreja.

O tema foi riquíssimo e não dá para expor tudo aqui. 
O que ficou no meu coração deu para confirmar aquilo que eu já tenho experimentado e sentido na catequese: se não for feita por amor e com amor, é em vão todo o nosso esforço de levar aquelas crianças perto do coração de Deus. Através do amor e da proximidade com as suas vidas o catequista dá testemunho vivo da presença de Deus. Um catequista que vive apaixonado por Jesus e tem intimidade com a Igreja depressa conquista os seus corações para uma vida com Deus. É preciso saber acolher, ser próxima dos nossos catequizandos e estender a catequese à vida, aos momentos diversos do dia-a-dia.

Obrigada Pe. Paulo Malícia pelo seu belo testemunho!

Com o coração cheio, tivemos um almoço partilhado, entre as brincadeiras e correrias dos mais pequenos.

Ao voltarmos para a Igreja, a Clarinha trazia na mão duas florinhas: uma ficou ao pé de Maria e a outra aos pés de Jesus com a cruz às costas.



Tivemos um momento musical, com muita alegria com o Padre José Luis Borga



E a Santa Missa presidida pelo nosso querido Bispo D. Antonino Dias.








As crianças e os jovens, que estiveram a ensaiar as músicas e coreografias da parte da manhã, estavam muito felizes e cheios de energia ao longo da Santa Missa.



Voltámos para casa muito felizes e com o coração cheio!

sexta-feira, 27 de março de 2015

A melhor catequese...dar um pouco do nosso tempo

Hoje foi um dia especial, cheio de sorrisos, calor humano e até houve música e bolo de aniversário. Eu e o Serge levámos os nossos meninos da catequese a uma visita ao lar. Em tempo de quaresma, a melhor catequese, é sem dúvida, servir o próximo dando um pouco do nosso tempo, companhia e vendo nele o rosto de Jesus. Os nossos meninos ajudaram a servir o lanche aos idosos e lancharam também, houve tempo para perguntar a idade e o nome de cada um, dar abraços e semear sorrisos...


Fotos de Ana Tavares, Cardigos

O Sr. João fez anos e todos juntos como uma família cantámos os parabéns! A Clarinha estava muito ansiosa para entregar as bolachas e o desenho que tinha feito como prenda. O Sr. João muito contente deu-lhe um grande abraço e  muitos beijinhos...


Fotos Ana Tavares, Cardigos 


Por fim, cantámos o Pai- Nosso e ficou a promessa de voltarmos ...
Como faz falta esta troca de contato entre gerações, das mais velhos cheios de sabedoria com os mais novos cheios de ideias e energia... Todos temos a ganhar e é impossível não sairmos mais ricos....
Foi muito, muito, muito bom!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O encontro pessoal e íntimo

O que vos parece mais verdadeiro e natural na fé ?
Ter como prioridade aprofundar a vida e acontecimentos de Jesus, com a esperança de que um dia nasça o desejo no coração de segui-Lo ou ter como prioridade, em tudo o que se faça, de  construir oportunidades de um encontro pessoal e íntimo com Jesus? Não será, que desta última forma, nasce naturalmente o desejo ardente, uma sede de saber mais acerca Dele? Eu creio que sim...

Dedico este post a todos os catequistas que sinceramente buscam servir a Deus pela bela missão que têm, que buscam com urgência fazer de tudo para tocar os corações das crianças pelo Amor Daquele que nos amou acima de tudo...


Como vos contei aqui, a catequese começou, cheia de desafios...Este ano vou acompanhar o grupo na minha paróquia, que deixei no 4ºano. Fiz uma paragem de um ano pois, a Sofia nasceu e com os outros dois, senti que precisava deste tempo. Mal os encontrei na primeira catequese, vinham todos contentes e começaram a dizer:
- " Catequista, ainda me lembro das histórias todas da Bíblia que nos contou!"
- " Ai, sim. Conta lá então." Respondi eu com um sorriso.
- " A história daquele que nunca tinha cortado o cabelo, tinha tanta força que derrotava tudo. Ah! e foi enganado pela Danila"
- "O Sansão!"- respondeu outro- " A história de David e Golias, de José o Sonhador, Samuel..., são tantas".

A minha catequese no 4ºano foi rica em histórias da Bíblia. Depois de cada tema, lá vinha mais uma história e eles não se importavam que fosse repetida. Adoravam os pormenores...ficavam admirados como a Bíblia tinha histórias tão divertidas e interessantes. Depois deste encontro pessoal com a Bíblia lida, iam de bom grado lê-las na Bíblia, pois queriam saber mais.  Sei que dificilmente se esquecerão desses episódios. 
Procurava sempre que eles sentissem através da simplicidade da catequese o amor do próprio Deus que deseja uma única coisa, o encontro pessoal e íntimo nos seus corações. 

Simplificar a catequese, não significa "abreviar". Simplificar significa ir ao essencial, aprofundar o que é verdadeiramente importante e transformador. 

A catequese não se avalia pelo tempo que dura, nem pela quantidade de fatos que foram abordados. A sua qualidade vê-se naquilo que ficou e que nunca se esquecerá... naquilo que será posto em prática na vida adulta e na caminhada espiritual. 

Muitas das minhas catequeses foram passadas à frente do santíssimo, de uma forma muito simples. Como eles gostavam de cantar para Jesus! Estimulava a conversarem com Ele sem receios.

Muitas catequeses, o grupo do 4ºano, se juntou ao grupo de jovens e lá íamos nós na carrinha do padre Ilídio visitar as pessoas idosas da nossa terra.  

Comecei a perceber que este encontro pessoal e íntimo com a palavra de Deus, com o próprio Jesus na eucaristia e no sofrimento e fragilidade de próximo, tinha que ser cultivado. Pois, através deste encontro, naturalmente eles buscavam saber mais e iam ao encontro de Jesus. No fim da caminhada do 4ªano, a maioria começou a servir na santa missa: uns foram para o coro e outros se tornaram acólitos. Sempre que vou à missa fico feliz ao vê-los: fieis e felizes servindo o Senhor.

domingo, 5 de outubro de 2014

Catequese a dobrar

Como diria o nosso pároco Padre Ilídio "o catequista é o braço direito do sacerdote". É uma grande verdade e vem acompanhada de grandes bençãos de Deus na vida de quem se doa nesta missão tão importante, dar a conhecer o amor de Deus às crianças . Eu posso testemunhar isso. Deus ajuda-nos mesmo, dá-nos forças quando não temos tempo ou quando estamos mais cansados. 
Este ano, o desafio era ambos sermos catequistas. Que alegria!
 Então surgiu outro desafio: como nos vamos organizar para ambos darmos catequese, com os três filhos atrás? Bom, o Serge disse-me logo que só  poderia dar aos Domingos, pois durante a semana tem as explicações e aos sábados os escuteiros. Ok, haveríamos de arranjar uma solução. A hora ideal para ele seria antes da santa missa. Ainda tentámos que a catequista do Gabriel desse na mesma altura, mas não foi possível. O ideal era alternarmos a catequese e um de nós ficava com as crianças mas foi impossível encontrar um horário... Aí lembei-me de tantas vezes que levei a Clarinha bebé para a catequese e como ela se portava bem e gostava.
 Não tivemos alternativa, marcámos os dois a catequese para o mesmo dia da semana e mesma hora. E as crianças? 
Eu tenho o grupo do 6º ano, levei comigo o Gabriel e a Sofia. Como era a hora da sesta da Sofia, ela dormiu o tempo todo no porta bebés e o Gabriel foi o meu braço direito para buscar os materiais necessários ao longo da catequese. Levei também uma manta, para estender no chão da sala, caso a Sofia ficasse acordada ou quisesse brincar e o Gabriel tomava conta dela. O Serge tem o grupo do 9ºano e ficou com a Clarinha, que ficou a catequese toda sentada a fazer desenhos. Correu muito bem! Graças a Deus! Se por acaso, um de nós estiver doente o outro junta as duas turmas, que são pequenas, e realiza uma catequese adaptada. Sei que vai haver catequeses mais complicadas e cansativas, mas confio plenamente que Deus lá estará para nos amparar nesses momentos.
Afinal, estamos lá em nome de Deus!
O que mais desejamos é que estas crianças e jovens façam uma boa caminhada na fé e  sintam ao fim do ano um amor maior a Deus.

Desafio a todos aqueles que dizem que não têm tempo para dar catequese, pois eu sei  que o esforço que nós podemos despender para nos doarmos não é nada comparado com as bençãos que Deus vai derramar ao longo da nossa vida. Eu acredito que Deus coloca um anjo especial ao lado de todos aqueles que servem com amor a sua paróquia, em especial, os catequistas...
Arrisquem!