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sábado, 31 de outubro de 2015

A santa Missa e a confissão

Quarta-feira passada pelas 19h estávamos a entrar no carro para juntos irmos à missa.Quinta-feira tínhamos famílias em nossa casa, ainda tinha que orientar o almoço para o dia seguinte. A cozinha ainda não estava arrumada, confesso que também é tarde para regularmente ir à missa com crianças. Na verdade, apetecia-me era ir descansar e ir direitinho para a cama. Mas, não... Esqueci-me de mim por um bocado e vesti os pequenos. O Serge ainda me disse: " Ainda tens tanta coisa para fazer..." e fez-me aquele olhar. Mas, não... esqueci de tudo por um momento e troquei de roupa também. Eu sabia que só havia uma maneira de eu ganhar o dia e de ganhar a alegria que precisava para caminhar naquele momento: a Santa missa e a confissão.
Durante a curta viagem de carro, fizemos a nossa oração como o costume e pedi: Senhor, ajuda-nos a estarmos atentos na missa e a receber todas as graças que queres derramar sobre nós. 
A Sofia estava tranquila no colo e o Gabriel esteve atento ( segredei-lhe ao ouvido ao entrar: " Está atento às leituras, no fim vamos fazer perguntas."). Tive a sensação que a missa terminou muito rápido, queria estar mais tempo ali, mas logo me lembrei do cenário lá em casa. Apressei-me a falar com o prior da nossa paróquia, que tinha celebrado a missa. Tive oportunidade de me apresentar como nossa catequista na nossa comunidade ( este ano vou dar o 1º/2º ano) e lhe falar da catequese familiar, dos Mistérios da Fé e das famílias de Caná. Que conversa boa!
- " Mas aqui está a faltar um!"
-" Sim, é a menina do meio, a Clarinha. Ela foi passar o dia e esta noite na casa de uma amiga das famílias com quem caminhamos juntos"- Sorri.
Passados uns segundos, numa cadeirinha junto do Santíssimo, confessei-me e pedi perdão a Deus das minhas fraquezas.
Pode parecer que tudo demorou uma eternidade, mas na verdade foi tudo bem rápido e o meu coração estava cheio. Voltei para casa cheia de alegria e muito leve. O Serge disse-me: " Não te preocupes, amanhã ajudo-te a limpar isto tudo, vem já descansar." Eu sorri-lhe e disse: "Estou ótima! vou ficar mais um pouquinho e depois vou ter contigo." Não sei como aquilo aconteceu em tão pouco tempo, mas não só deixei a cozinha arrumadinha, como também cozinhei o almoço e fiz uma tarte de maçã. Deitei-me e ainda não era tão tarde e dormi muito feliz. " Ganhei o dia, mais uma vez!", pensei em voz alta...


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Mamã, já tenho três cruzinhas, viste?!

Depois de voltar a explicar à Clarinha acerca de ainda ser cedo para ela  receber Jesus na Santa Eucaristia, ela descobriu uma coisa que a faz ficar feliz e mais próxima de Jesus na altura da comunhão. 
Quando a Clarinha nos acompanhava na fila da comunhão algumas vezes ela ficava parada à espera de receber Jesus e ficava triste e aborrecida a perguntar-me o porquê de o sr. padre não lhe dar Jesus. Numa missa aqui perto que participámos, o sacerdote tinha o hábito de fazer um sinal da cruz quando as crianças acompanhavam os pais na fila para a comunhão. A Clarinha como não estava acostumada, na primeira vez não esperou, mas ficou a pensar que queria receber a cruzinha do sr. padre.
Também aqui, nesta  nova paróquia, há esse hábito tão belo, que faz os mais pequenos se aproximarem de Jesus e participarem do momento da comunhão. Numa das missas que assistimos, eu estava sozinha com os três. A Clarinha estava um pouco inquieta na missa e no momento da comunhão, ao chegarmos à frente da fila, o sr. padre virou-se para a Clarinha e disse-lhe:
-" Deixa-me fazer-te uma cruzinha para seres santa!" Ela sorriu de boca aberta e quando voltámos para o lugar  ela levantou os braços de contente e disse em voz alta:
-" Mamã, já tenho três cruzinhas, viste?!"
-" Chiuu... Está a falar muito alto. Fica quietinha no teu lugar até ao fim". Foi difícil, não dar nas vistas. Ela estava mesmo contente.



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Os miminhos, as surpresas e a benção do Senhor

Muitas semanas estivemos longe da casa da Paz. Que alegria para os mais pequenos verem de novo as galinhas e os patos e correm para as figueiras e deliciarem-se com as uvas... 





Mas, não foi só na horta que o Senhor nos presenteou com miminhos. Ao entrarmos em casa a minha mãe, que tinha ficado encarregue de cuidar dos nossos periquitos, disse-nos logo:
-" Não limpei o chão da gaiola, pois ouvi barulhinhos daquela casinha."

O meninos pularam de alegria! 
-" Será que temos periquitos bebés!"- gritou o Gabriel entusiasmado.
-" Hoje é o dia das surpresas, mamã!" - disse-me a Clarinha aos pulos.
-" Sim, é verdade! Deus tem sempre muitas surpresas para nos mostrar. Temos de estar bem atentos! Vou tentar abrir bem devagarinho a tampa da casinha. Querem espreitar?" 



-" Tão pequeninos! E já têm peninhas pequeninas..."

Lembram-se do nosso periquito? Afinal, é uma periquita e com os seus gestos de amor de mãe a  alimentar os seus filhotes na casinha, ela fala-nos do Amor de Deus. Aquele Amor sempre solícito para nos alimentar com a sua Palavra e com a presença viva de Jesus na Eucaristia! Onde brota uma nova vida aí está a plenitude do Amor e da beleza da presença de Deus...


-" Olhem meninos, um postal do grupo de jovens! Eles foram a taizé. Estiveram com outros jovens a rezar. Que bela surpresa!"




Os miminhos e surpresas foram imensas e nem todas dá para descrever aqui. Mas de tudo, aquilo que me inflamou e aqueceu o coração foi saber o que se estava a passar na nossa paróquia! Dia 15 de Agosto além de se celebrar a Assunção da Nossa Senhora celebrou-se também o Bicentenário da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue fundado por São Gaspar Del Búfalo, cujos sacerdotes da nossa paróquia pertencem. É neste clima de festa com o lema : Viver a Eucaristia, fonte de Misericórdia, que o padre Ilídio tem percorrido todas as capelas da unidade pastoral de Proença-a-nova em peregrinação de Adoração com Santíssimo Sacramento. Peregrinação pelas ruas numa carrinha ornamentada com paragem nas capelas onde temos  missa, confissões, visitas aos doentes e Adoração. Hoje, estivemos nos Vales em Adoração seguida da Santa Missa. Fiquei emocionada e senti a presença real do Senhor! Não há nada mais importante...O Senhor tem muitas graças para estas paróquias e para os nossos Sacerdotes! Esta é a melhor parte que deve ser vivida nas paróquias:  inflamar todos a estarem próximos do Senhor, darmos testemunho desse Amor e a amá-Lo no santíssimo Sacramento! 

" Em adoração ao Santíssimo sacramento, rezar pelas vocações e pelos doentes; na Eucaristia, saborear a misericórdia do Pai; na procissão eucarística, invocar a bênção de Deus para todas as famílias, animados pelo espírito de S. Gaspar Del Búfalo." 


 Como o Senhor tem trabalhado tantos corações! Como seria bom se mais paróquias pedissem a bênção para as suas famílias diante do Santíssimo Sacramento!


 




domingo, 12 de abril de 2015

Festa da Misericórdia e a festa da primeira Comunhão do Gabriel

Hoje o dia foi de festa a dobrar: a festa da Divina Misericórdia e a festa da primeira comunhão do Gabriel.

A primeira vez que levei o Gabriel pela mão para ele receber o sacramento da reconciliação tinha ele 7 anos e foi num Domingo da Misericórdia e hoje num Domingo da Misericórdia ele recebeu a sua primeira Comunhão! 

Já há muito tempo que vos queria falar da Misericórdia de Deus... O amor de Deus não cabe na nossa compreensão humana limitada, ele não cabe na nossa mente mas ele quer preencher todo o nosso coração, rompendo em nós o medo pelo castigo das nossas faltas, pela falta de confiança que é Ele que tudo conduz, pela nossa falta de fé. O Senhor quer alcançar a todos e dá-nos sempre mais do que aquilo que merecemos pelos nossos atos ou sentimentos, está disposto sempre a apagar as nossas faltas e a estabelecer uma aliança connosco, mesmo que muitas vezes o neguemos. O Senhor ensina-nos a dar, perdoar e a amar o próximo sempre um pouquinho mais do que essa pessoa mereça.

Há um tempo atrás, sempre que me confessava ficava com um sentimento de não ser digna de receber Jesus e muitas vezes lembrava-me de coisas passadas que me deixavam envergonhada, apesar de já as ter confessado. Às vezes caminhava de cabeça baixa, sempre que caia nos mesmos erros e desanimava... aí, apercebi-me que o meu pecado verdadeiro não era o meu passado ou as minhas quedas mas sim, a minha falta de confiança no perdão de Deus. Estava muito concentrada nas minhas forças e não contava com a força de Deus...
Sempre que algum sentimento me perturba ou eu digo: "Não sou capaz de fazer isto"... "Não aguento mais" é porque eu não entrego a situação nas mãos de Deus e conto só com a minha força humana. Estou a aprender a ser conduzida e a viver a certeza que tudo o que eu faço, é Ele que faz comigo...  Viver na confiança e de cabeça erguida que sou amada por Deus incondicionalmente e perdoada das minhas faltas é uma grande graça que unida à graça de me perdoar a mim própria, me leva para o colo de Jesus para sempre...


Jesus eu confio em vós!





“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. (...). Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate” 
Diário de Santa Faustina Kowalska

O Gabriel estava nervoso para receber a sua primeira comunhão, mas muito feliz. Ao lado dos seus colegas de catequese, com as folhas na mão, falou para toda a comunidade neste dia especial...



O Serge e eu ( com a Sofia a dormir no colo) expressámos a nossa alegria no início da Celebração representando todos os pais.




No momento do ofertório...



No momento do pai-nosso, os meninos com os pais e catequista...




Momentos antes da sua primeira comunhão, ao nosso lado...





Depois da Celebração, tivemos a alegria de receber em nossa casa e continuar a festa com os pais do Serge: " o Bonpapa e a Bonnemama" ( são os avós em francês) Que alegria estarmos juntos!

Às três horas da tarde, a hora da Misericórdia,  de joelhos, reunidos no  nosso canto de oração e em família rezámos o terço da misericórdia, fixando os nossos olhos na imagem de Jesus misericordioso. 

Peço a graça para que Jesus misericordioso entre nos vossos lares hoje e abra os corações das vossas famílias  e as renove... Que assim seja! 

sábado, 11 de abril de 2015

O braço de Jesus...

Este ano o grupo de jovens  foi convidado a participar diretamente nas celebrações do Tríudo Pascal na nossa paróquia. Foi uma grande graça para todos nós, eu também estava entre os 12 discípulos. Quinta-feira Santa, após o lava pés, fizemos votos diante de toda a comunidade: o compromisso de também nós "lavarmos" os pés a quem mais precisasse. Ao lado do altar, as cadeiras estavam dispostas em arco, cada um de nós participou e auxiliou em todos os momentos da celebração: desde a liturgia, oração dos fieis à comunhão.
A Sofia estava sempre muito atenta no meu colo e a Clarinha não ficava muito tempo sentada ao meu lado, ela queria era ir para o altar.

Na Sexta-feira Santa, na adoração à Santa Cruz,  como de costume, combinámos com o padre uma hora antes para ensaiarmos. Eu estava sozinha com a Sofia e a Clarinha. 

Mal entramos na Igreja, como costume, a Clarinha diz-me:
-" Mamã já volto". Não gosto nada que ela faça isso, mesmo dentro da Igreja. Mas, nem preciso perguntar, pois eu já sei o que ela vai fazer a seguir...

Afasta-se sem olhar para trás e espreita rápido de longe para mim quando chega ao pé da grande Cruz do Altar. Escondida entre o Altar e a parede, ajoelha-se e fica ali uns longos segundos depois volta a saltitar para junto de mim. Quem a vê pensa que eu lhe digo para ir rezar mas não, ela faz de livre vontade.

Nunca me vou esquecer que neste encontro tive um susto com ela. Antes da celebração da Santa Missa a Clarinha andava a brincar lá fora com o mano e uma amigas. Ao chegar a altura da missa, todos entraram para a Igreja e nessa altura não sabíamos da Clarinha. Ao olhar para o coro que fica por cima dos bancos, lá vimos a Clarinha de joelhos  a rezar toda contente e depois ao descer as escadas veio ter connosco e disse-nos que ia lá para a frente do altar. 

O que vos quero contar hoje, aconteceu na adoração à Santa Cruz, na Sexta-feira Santa. Como vos disse, o grupo de jovens estava sentado ao lado do altar, eu estava com a Sofia ao colo e a Clarinha ao meu lado. Quem a conhece sabe que ela quer ser acólita. Ela estava mesmo perto do altar ao pé de mim. Observava em tudo o Padre Paco na celebração, os seus gestos, a Bíblia... observava tão concentradamente que acompanhava o padre para todo o lado... Ele quando se apercebeu do seu interesse e sorriso, olhou para ela e num gesto estendeu-lhe o braço e ela aproximou-se. Como ela ficou feliz e tão quietinha ao seu lado. Na altura da comunhão, voltou a acenar-lhe a mão e ela sentou-se na cadeira ao seu lado. Como ela estava feliz! Ela sentiu-se acolhida e bem pertinho do colo de  Jesus...

Ao observar tudo isto, fiquei a meditar no coração de Deus. Ele está sempre atento aos nossos gestos, por mínimos que sejam em Sua direção. Também Ele nos estende o braço para nos aproximarmos e recebermos toda a força, ânimo, alegria para continuarmos o nosso caminho. Cabe-nos a nós o primeiro passo de O buscarmos concentradamente e persistentemente até alcançarmos o Seu braço.

Saibam os sacerdotes, ser a presença viva, acolhedora de Jesus no mundo!

(Esta foto foi num encontro em Fátima)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Venham crianças! Venham receber o abraço de Jesus!

Todos nós sabemos que, infelizmente, o número de nascimentos no nosso país cada vez é menor. Isto implica, famílias cada vez mais reduzidas, menos crianças e na nossa Igreja além da falta de crianças temos muita falta de famílias que participam juntas na sua Paróquia. Faltam crianças na catequese, crianças na missa, crianças que falem de Jesus aos outros, crianças que rezem, crianças que vivem os sacramentos com alegria...  
Em tom de brincadeira, quando estava grávida da Sofia, e me diziam dentro da Igreja:
- " Mais um?" Eu respondia a sorrir:
- " Eu quero encher o banco da frente, pois faltam crianças que rezem e venham à missa!"

Todos nós, que temos crianças pequenas, sabemos da dificuldade que é de estarmos concentrados com elas sempre a mexer ou a querer falar... Sim, não é tarefa fácil, no início, mais é recompensador com o tempo, à medida que crescem observarmos que elas ganham amor e até estão atentas!
Muitos me dizem:
- " Ela ou ele ainda é muito pequeno e faz muito barulho na missa... quando crescer vem comigo!"
Quando crescer, se ainda não tiver sentido o amor de Deus, o mais certo é ir contrariada e na primeira oportunidade fugirá para não voltar. Em família, desde pequeninos, os nossos filhos descobrem o mundo e cabe-nos a nós pais, sermos o rosto de Deus e mostrarmos os seus caminhos...

Raras são as vezes em que não participamos juntos na missa, são excepções e não a regra. Esforçamo-nos por estarmos juntos. Muitas vezes, não é fácil: a Clarinha é a mais distraída, muitas vezes quer falar ou brincar com a Sofia, saltar e dançar e põe as pessoas a olhar para nós...
No entanto é a que mais fala de Jesus e quer servi-lo e se lhe perguntarem o que o Sr. padre falou até sabe responder.

Temos que os ajudar a fazer silêncio, mas não estarem presentes é um grande erro... eles perdem muito, eles perdem a graça e a benção da presença do Senhor!

E sabem porque é que nós ficamos tão incomodados com o comportamento dos nossos filhos na missa? Porque faltam crianças na missa! Se cada família trouxesse as suas crianças ninguém se importaria nem olharia para trás se ouvisse um choro! As crianças são uma benção na missa, são a concretização da palavra de Deus numa paróquia! 

Venham crianças! Venham receber o abraço de Jesus!


Querido Jesus, eu te peço nesta hora a graça nos corações dos sacerdotes das nossas paróquias! Que eles saibam acolher, falar e sorrir para as crianças e fazê-las sentir em casa, nas nossas Igrejas. Amén! 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Derramar a nossa alma aos pés do Senhor

Hoje, depois de preparar a Clarinha e o Gabriel para a escola, era a minha vez de ir à missa. Hoje até podíamos ir juntos com a Sofia, pois tínhamos missa mais tarde, mas o Serge tinha trabalho e lá fora estava tudo cheio de gelo, tudo bem branquinho e a Sofia ficou em casa...






 Ir à missa sozinha para mim é um momento único, quase sempre perco a noção do tempo e muitas vezes ainda estou de joelhos quando é para estar de pé... para mim é um dos maiores momentos de intimidade com o Senhor, e é lá que eu sinto verdadeiramente a  comunhão com os santos ...

Estava realmente muito frio e quando entrei no carro não me tinha apercebido da camada de gelo à minha volta. Comecei a conduzir devagar, mas ao longo do caminho, onde os raios solares ainda não tinham tocado, havia uma camada grande de gelo na estrada... fui muito devagarinho e meditando...

Fui meditando no meu coração...
Muitas vezes dizemos que amamos o Senhor mas na verdade estamos gelados, petrificados na nossa maneira de ser. Eu perguntava-me: " Como posso dizer que amo o Senhor e o meu coração ficar igual? Como posso recebê-lo na Sagrada Eucaristia e o meu coração não rebentar de tanto amor? Estarei eu mesmo a amar o Senhor?"

 Eu não acredito que o Senhor esteja longe, não... na verdade somos nós que nos afastamos Dele. 

Como podemos tirar este gelo, que nos deixa paralisados quando no encontramos face a face ao amor de Deus?

O  gelo existe dentro de nós porque o  coração ainda não foi totalmente tocado pelos raios de sol da verdadeira entrega e contrição das nossas formas erradas de viver a vida.  Na verdade, dizemos que somos católicos mas na prática vivemos de qualquer jeito: falando como toda a gente fala, desejando e caminhando como toda a gente caminha, sem nos arrependermos do jeito errado de estar. E muitos dizem : " Mas eu vou à missa, comungo todos os Domingos e ajudo os outros... porque parece que tudo dá errado na minha vida? porque parece que não tenho alegria?..."

Imaginem uma pessoa mergulhando numa fonte cristalina com um fato plastificado, o que acontece?
Essa pessoa apesar de ter estado mergulhada, ao sair da água a sua pele está seca. A água não conseguiu penetrar no corpo por causa do fato plastificado. Assim somos nós, católicos, que apesar de irmos regularmente mergulhar na fonte cristalina dos sacramentos e nas graças da Santa Igreja, do corpo e sangue do Senhor, saímos  da igreja secos, com o coração vazio...

Para as coisas darem certo na nossa vida, em primeiro lugar temos de viver da maneira correta. Não podemos fazer as coisas de qualquer jeito e esperar que os frutos sejam bons, não é verdade?
Depois, não basta seguir preceitos, cumprir as "obrigações" da nossa fé e esperar que o Senhor cumpra os nossos desejos ou nos rasgue o coração com o seu amor... Quem nos rouba ou nos invade é satanás, o Senhor espera sempre que lhe abramos a porta do nosso coração...

"Mas eu rezo todos os dias!" Não basta rezar para que o Senhor tire de nós o gelo da indiferença... temos que ir mais longe, é necessário uma oração onde a alma se derrama aos pés do Senhor.

Como podemos fazer isso?
Se desejam que o vosso coração se aproxime mais do Senhor e criar com Ele maior intimidade, têm de fazer uma boa confissão, pedindo a graça da sinceridade consigo mesmo, para verem o que na vossa vida ofende o Senhor. Ele sempre dá a resposta se a nossa busca é sincera. Depois temos de derramar a nossa alma ao pés do Senhor.  
Há quanto tempo não ficam sozinhos no quarto e falam sem máscaras com o Senhor?
Se não sabem como começar, existe uma forma que nunca falha... Comecem a oração chorando os vossos pecados e pedindo perdão ( o que mais agrada o Senhor é um coração arrependido),  tragam as vossas dores e esforços ...também não basta pensar só em si... tragam o mundo inteiro no vosso coração e desejem consolar Deus.... não tenham medo de chorar... o próprio Senhor virá  e vos enxugará as lágrimas, Ele se fará presente no meio de vós, quebrará o gelo do vosso coração aos poucos e vos fará crescer em Amor... 

Quando isto acontecer a vossa vida nunca mais será a mesma...


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O nosso tesouro... a Santa Missa

Disseram-lhe: Senhor, dá-nos sempre deste pão! Jesus replicou: “Eu sou o pão
da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais
terá sede”.
(Jo 6,34-35)

Então Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a
carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em
vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida
eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”
(Jo 6,53-54)

“Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue,
verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo
pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim.”
(Jo 6,55-57)

“Quem come deste pão viverá eternamente.”
(Jo 6,58) 
( imagem do nosso Canto de Oração)



Sempre admirei as pessoas da nossa aldeia que antigamente faziam quilômetros e quilômetros a pé, quer estivesse a chover ou a fazer sol para irem à Missa ou a Adoração Eucarística... Ninguém reclamava que não tinha tempo ou que estava frio ou calor... e ia a família toda, pequenos e grandes, ao colo ou a pular, lá estavam todos de olhos postos no altar...

Para termos missa diária estamos a uns 14 km de carro, de manhã cedo ( às vezes há excepções mais perto),  temos de alternar, pois um tem de ficar com os mais pequenos à espera que chegue a carrinha da  escola. Mas não é nada comparado com os quilômetros e sacrifícios que as pessoas faziam a pé antigamente! Costumo dizer: quem tem uma Igreja perto de si não sabe as graças que tem...

Infelizmente ainda não é possível de todo irmos todos os dias, mas sigo as celebrações diárias na Canção Nova em direto e faço a minha comunhão espiritual. 




Muita gente diz : " Não é preciso ir todos os dias à missa! Já não basta o Domingo? Deus não precisa nem nos pediu para ir todos os dias à missa!"

É verdade, Deus não precisa de nós todos os dias na missa. Na verdade, não é Deus que precisa de mim lá, sou eu que preciso Dele todos os dias e o busco para me alimentar. Sem Ele me perco, arrefeço..

Na verdade, nós falamos muito no amor de Deus mas o nosso coração ainda não arde pelo verdadeiro alimento que é o Senhor. Muitas vezes me pergunto:
" Como é que o meu coração ainda não arde de amor, sempre que recebo o Senhor, na comunhão? Como é possível ainda ter um coração de pedra que não se dilata ao sentir a presença real do Senhor?"

É este coração que se dilata pela presença do Senhor que eu desejo... um coração que se alegra verdadeiramente com a alegria do próximo, que sofre com o sofrimento do irmão e ora por ele ao Senhor... Um coração que acredita no impossível, na providência, que para Deus nada é impossível, em milagres. Um coração que nunca se esquece das promessas de Cristo e vê no outro um outro Cristo...

Quem se entregar verdadeiramente na Santa Missa ao Senhor e o buscar todos os dias com esse propósito, obterá muitas respostas no seu intimo do próprio Jesus... Experimentem!