Mostrar mensagens com a etiqueta Família de Caná. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Família de Caná. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Aldeia que reza junta

Acredito que, depois da oração diante do Santíssimo, não há oração mais poderosa que a oração em família. Aquela oração em que o pai e a mãe estão presentes, louvam e agradecem ao Senhor enquanto as crianças se aproximam do seu colo ou dançam e expressam a sua alegria ao Senhor. E quando a nossa família se junta com outras famílias para rezarmos juntas, grandes graças descem sobre todos nós e a presença de Maria se sente nitidamente.

Foi isto que aconteceu no domingo passado, a Sónia e o João aceitaram o desafio e abriram as portas da sua casa. O canto de oração da sua casa foi o local de mais um encontro da Aldeia da Abóboda, com uma nova família. De olhares fixos no canto de oração, formámos um  grande circulo à sua volta, enquanto as crianças se sentavam no tapete no meio de nós. Depois das músicas, as crianças foram desafiadas a desenhar uma prenda para oferecer a Nossa Senhora e Jesus e colocá-la no canto de Oração da Sónia e do João. Cada uma agradeceu a Jesus pelo dia e os adultos pediram pelas suas intenções familiares. Com o terço na mão, cada um, incluindo as crianças mais velhinhas, participavam na recitação do terço. Nas três avé-marias finais pedimos pelo Papa e por todas  as Famílias de Caná. Foi um momento muito especial de muita comunhão espiritual. Não faltou a brincadeira dos mais pequenos lá fora, enquanto nós os pais, abríamos os corações falando um pouco de nós, do nosso percurso na Igreja. Houve boa disposição, gargalhadas.  Tudo coisas típicas de quem vive numa família e se sente muito unido e próximo. Foi muito especial.
Aqui estão alguns dos desenhos e trabalhos dos mais pequenos no final do terço.


A cantar, rezar e a louvar o Senhor!




 E aqui estou eu, a madrinha babada do Matias! Ele por quem eu rezo e me lembro nas minhas orações. Está muito crescido e lindo!



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"Fazer tudo o que Jesus nos disser..."

Este fim-de-semana passado estive em minha casa na aldeia a pedir os bolinhos com os mais pequenos. Ao lado da minha casa vivem os meus pais e sempre que voltamos os mais pequenos gostam de matar saudades das coisinhas deles, dos animais, da horta, de brincarem na terra, de estarem com o meu avô ( que está quase a fazer 95 anos). Num desses dias, estava eu sozinha em casa, a ouvir uma boa música enquanto tentava arrumar até ao fim uma série de coisas que com os pequenos é difícil. Estava a sentir-me lindamente, "que cenário perfeito!", pensava eu, " é agora que eu acabo tudo e com calma!" Mas não. Ouvi alguém que bateu à porta. Era a minha mãe.

-" Agora era boa altura para cortares o cabelo ao avô e ao Tio Assis. Amanhã é tudo a correr."
Eu ainda balbuciei. - " Mas,..." Mas calei-me. Não me estava a apetecer nada sair daquele cenário perfeito. Eu estava sozinha aqueles instantes e podia adiantar muito serviço. Mas o senhor me falou ao coração do doce sabor de estar sempre disponível para dizer sim, do doce sabor de ser contrariada e sorrir. Respondi:
- " Vou sair agora"
Cortei o cabelo com muito cuidado, sem correrias. Fiz um esforço enorme por me esquecer da quantidade de coisas que poderia ter feito naquela altura. A cada corte com a tesoura, lembrava-me do Senhor, cuidadosamente aparava o cabelo como se o tivesse a fazer ao Senhor. Enquanto isso meditava:

Será que estamos verdadeiramente disponíveis para dizer sim quando o Senhor nos bate à porta e nos pede coisas? Ou só abrimos quando estamos mal? Quando estamos confortáveis conseguiremos ouvir a Sua voz e segui-la? Ou preferimos escutar só o que nos apetece naquele momento?
No meio das minhas fraquezas, eu desejo "fazer tudo o que Jesus me disser", peço ao Senhor que aumente em mim o amor e alegria de o seguir mesmo que contrariada pelos meus desejos ou projetos. Quero segui-Lo pois eu sei que só ele sabe o que verdadeiramente me fará feliz...
 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

As mudanças, as famílias e a alegria II

Com a mudança de casa surge naturalmente a mudança de paróquia. Nas primeiras vezes que assisti à missa na nova paróquia reparei no sorriso acolhedor de quem cantava o Salmo. A Lúcia é mãe de uma família muito especial com uma menina da idade da Clarinha chamada Inês. Não pensei duas vezes. No final da missa fui ao encontro dela e apresentei-me. Depois virei-me para a Clarinha:

-" Olha Clarinha, está ali uma menina da tua idade!"- sorri- " Vamos perguntar-lhe o nome?"
-" Ah, é Inês! Olá Inês, está é a Clarinha" A Clarinha deu um pulo de alegria e depois escondeu-se. Ambas sorriram.
-" Moram aqui perto?" perguntei-lhes. E a conversa desenrolou-se rapidamente. Fiquei com o contato dela e passado pouco tempo envio-lhe uma mensagem com o link do meu blog e a falar da vivência das Famílias de Caná. Mas que grande sintonia eu senti da parte deles.
Na última missa ao sairmos juntos da Igreja, olho para a Lúcia e pergunto-lhe:

-" Querem passar na nossa casa? Podemos falar um pouco e as pequenas brincam juntas?" 

Foi um convite meio maluco, principalmente porque estávamos perto da hora do almoço, não tinha preparado nada, a sala nem estava bem arrumada e ainda não os conhecia bem. Mas eu não queria perder aquela oportunidade mágica de estarem todos juntos nem que fosse por uns segundos. Eles aceitaram e sorriram. Pensei para comigo: "Gosto de famílias assim, abertas, dispostas a acolher!"
O Serge ao abrir a porta foi tirando alguns brinquedos do chão e disse:

-" Não reparem na sala, estamos a arrumar as coisas para viajarmos!"
-" Esquece lá isso, não importa." disse-lhe " O importante é falarmos um pouquinho. Que bom estarem aqui!"

A Clarinha e o Gabriel andavam aos saltos de contentes e levaram a Inês para brincar no quarto. Enquanto falávamos, ouvíamos os gritinhos e os pulos de felicidade dos mais pequenos lá em cima, a brincarem às escondidas. Que alegria!

Enquanto eu falava, o Serge só dizia:

- " Rute, fala mais devagar..."
- " Bom,..." dizia eu " Vocês já devem ter reparado que eu sou bastante animada quando o assunto é unir as famílias e falar da fé, e além disso estou mesmo muito feliz de estarmos juntos. Agora  já sabem onde moramos. Temos mesmo que combinar uma refeição juntos!" 

Foi mesmo bom aquele tempinho que estivemos juntos!
Ao irem embora, a Clarinha pedia:
-" Mamã, a Inês pode voltar à tarde para brincar connosco?"
-" Hoje à tarde não pode ser, pois vamos para a casa da Paz, mas ela irá voltar noutro dia de certeza!"

A alegria entre famílias são estas coisas simples, muitas vezes sem nenhuma preparação, aqueles momentos em que estamos  atentos aos sinais do próximo. Aqueles momentos de partilha de coisas boas mas também muitas vezes a partilha de dificuldades, obstáculos e da dor. Aquela batalha de dor individual e familiar que  muitas vezes  ao longo da conversa e da presença juntos se converte em alegria verdadeira que nos possibilita ver o horizonte de Deus. 

Será que Deus nos mostra soluções ou de como aliviar a vida de outra família? Só conseguimos responder se estivermos atentos...


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

As mudanças, as famílias e a alegria

Já estava cheia de saudades de escrever. Como devem imaginar, tenho muitas novidades para vos contar deste período em que estive mais ausente da escrita mas em que todos vocês estiverem bem presentes nas nossas orações. 
Vejo a escrita neste blog como uma missão, uma partilha que pode chegar longe e levar a alegria da presença do Senhor a mais famílias. Obrigado pelo carinho de todos aqueles que nos seguem e nos escrevem.

Temos vivido um período de muitas bênçãos, muitas mudanças e inicio de novos projetos.

Este ano por motivos do emprego do Serge, estaremos a viver na Capital. É claro, que irei, sempre que possível à nossa casa na aldeia. Apesar das saudades estamos muito felizes e gratos por esta oportunidade. Com a mudança de morada, temos sido muito abençoados com a presença de muitas  famílias no nosso dia-a-dia com quem temos partilhado momentos únicos, a fé e as coisas simples. Hoje elas fazem parte dos nossos corações e dão sentido àquilo que sempre acreditámos : a fé no Senhor é para ser vivida, experimentada, saboreada em comunidade. Mas como se faz isso?  Procurando viver os mandamentos e a lei de Deus indo ao encontro dos outros, de outras famílias. Há muitas famílias isoladas, atoladas de dificuldades e problemas. É preciso estar atento a quem está à nossa volta, abrir o nosso coração aos mínimos gestos. Há um amor imenso que o Senhor quer derramar nas nossas vidas se nos unirmos. Há coisas que só descobriremos acerca de Deus se sairmos do conforto da nossa família e das nossas preocupações e irmos ao encontro do próximo.

Esta partilha entre famílias tem sido muito enriquecedora para todos. A Clarinha e o Gabriel são os primeiros a pular de alegria sempre que estamos com amigos. São gestos simples: uma conversa, uma refeição partilhada, irmos juntos à santa Missa, a alegria de juntos fazemos a nossa oração familiar com outra família em nossa casa a agradecer também pelo dia. Algumas vezes, já fizemos a nossa oração familiar na casa de outra família e é uma alegria para os mais pequenos explorarem e observarem outros cantos de oração. Há pouco tempo, tivemos a graça de estar com uma família com três filhos. Depois do lanche e da animada partilha, antes de nos irmos embora, estivemos juntos no seu cantinho de oração, chamado "cantinho do silêncio" e agradecemos pelo dia. O espaço era muito acolhedor e tocou-me profundamente. Bem no centro, havia uma réplica de um sacrário e dentro tinham a Bíblia, o terço, orações. No início das primeiras comunidades cristãs, o Senhor era adorado em casa das famílias, em comunidade, naquele aconchego de família. Precisamos tanto desta intimidade entre famílias, nesta necessidade de juntos, com mais força sermos tocados pelo Senhor. Sim, desejo muitos momentos de adoração em comunhão com outras famílias!

Que alegria tão grande sermos convidados a estarmos presentes na vida sacramental de outras famílias! Assim aconteceu no batizado do António, filho da Ana e do Miguel. Foi uma alegria estarmos juntos nesta data tão especial para eles e em especial para o pequeno António.
As nossas orações e intenções do dia têm sido mais ricas desde que tivemos a honra de sermos padrinhos do Matias, filho da Sónia e do João Miranda. Foi uma cerimonia linda, celebrada pelo padre Miguel Ribeiro. O padrinho todo contente!



Lá em casa, as brincadeiras não faltam. Seja ao ar livre...

-" Gabriel, o que estão a brincar?"
-" Estamos a fazer papel reciclado, não vês mamã?"
- " Pois, claro...."


Seja em casa...

A nossa querida Sílvia, emprestou-nos um material que fez sucesso cá em casa. São trinta e quatro histórias da Bíblia do Novo Testamento, com cenários e personagens em papel para montar enquanto se ouve a história da Bíblia. Como falar de Jesus ao pequeninos, das edições Paulinas. Quando puder vou comprar, vale muito a pena.





 Mas o sucesso não foi só cá em casa. Durante o encontro em que a família Power deu testemunho da sua vida familiar na Igreja paroquial da Abóboda, as crianças divertiram-se muito com este material. Além da história do filho pródigo, também quiserem trabalhar a História das Bodas de Caná. Mas que belo casamento! Não faltou mesmo nada!

 




Foi tão bom escutar os ensinamentos da Teresa no retiro das familias de Caná na Quinta do Conde...


E ter uns minutos a sós com o Senhor...


Em setembro também foi o aniversário da Clarinha. No dia 24, depois de termos cantado os parabéns na escolinha dela fizemos a viagem de regresso à nossa nova morada. Já estava a escurecer quando tínhamos acabado de chegar.

-" E se convidássemos o João e a Sónia para cantarmos os parabéns à Clarinha e jantarmos juntos? O Gaspar iria adorar, não achas?" perguntou-me o Serge animado.
-" Boa! Se calhar já estão a jantar, mas não faz mal eles já sabem que somos meio malucos e fazermos coisas sem nenhuma antecedência, não é?" Olhámos um para o outro e rimos. Sim, é verdade! Não somos nada normais nestas coisas! Montamos a festa em três tempos e o mais importante é que estavámos juntos naquele momento...



As novidades não terminam aqui e continuam no próximo post...

                                 
( foto de David Costa, http://www.oliveoilstudio.com/, no batizado do António)

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A alegria de estar em família e a alegria da nova Aldeia das famílias de Caná

Umas das coisas maravilhosas destes últimos tempos tem sido a alegria de estarmos com amigos. O tempo de conversa / partilha entre nós e a brincadeira entre as crianças parece não ter fim, temos sempre vontade de ficar só mais um pouquinho juntos. A Sónia e o João Miranda e os seus filhos são uma família de Caná muito especial para nós, com eles sentimo-nos em casa.


Temos tido momentos muito bons juntos, de brincadeira, conversa, de partilha de refeições, juntos também já fizemos a nossa oração familiar diária junto do canto de oração, e juntos participámos da Santa Missa na paróquia.

Neste clima familiar, tivemos a graça de receber no primeiro encontro da Aldeia de Caná de Cascais e arredores mais uma família da paróquia e a presença do padre Miguel que nos acompanhou com o seu ensinamento de acolhimento.
Foi um dia especial onde foi lançada a semente das Famílias de Caná na paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Abóboda, vigararia de Cascais.
Eu estive a trabalhar com as crianças e diverti-me imenso. Aprendo sempre tanta coisa com as suas partilhas! É tão bom...
Estive a trabalhar com os Mistérios da Fé, primeiro volume, da Teresa. Que belo trabalho são os Mistérios da fé, vale muito a pena trabalhá-los em família!




Desenvolvi o tema da oração, da importância de estarmos atentos à voz do Senhor, percorremos o primeiro mistério dos Mistérios Gozosos. Contei a história de Samuel e a história da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora.
Cada um construiu a sua cruz de papel com dobragens e recortes a partir de uma história, que nos fala onde encontramos a presença de Deus. Tirei a ideia da cruz aqui, mas adaptei a história ao tema.

A história que contei foi mais ou menos assim:

"O Senhor Deus criou-nos com um coração puro e limpinho como esta folha de papel. Pediu-nos que cumpríssemos os seus mandamentos e O escutássemos. Escutamos a voz do Senhor quando rezamos em família na nossa casinha ou na igreja. 

( aparecia a forma de uma casa)
  

Mas o homem esqueceu-se e preferiu procurar Deus através das coisas. Nos anos 60, o homem inventou o avião. 
( surge a forma do avião)
Assim pensou chegar até ao céu, mas ele viu que o avião não voava assim tão longe e talvez Deus estivesse para além das estrelas. Então, ele inventou o foguetão. 
( após cortar as asas do avião, surge o foguetão)

De fato, o foguetão ia mais longe mais ele percebeu que não era assim que ele encontrava a presença e o Amor de Deus.


Na verdade, só encontramos a presença e o amor de Deus na cruz, onde Jesus morreu e se ofereceu por todos nós. Mas Ele não permaneceu morto. Ao terceiro dia, ressuscitou e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso.
( surge a forma de uma cadeira)"


Depois cada um decorou a sua cruz.
E à semelhança de Samuel na sua cama a escutar a voz do Senhor, cada um levou para o seu canto de oração esta imagem ( tirei ideia aqui)  para se lembrar de estar atento à voz do Senhor e na parte de trás escreveu: " Fala, Senhor, que o teu servo escuta!" ou "  Eis a serva do Senhor". 




Foi um dia em cheio com oração e muita música, com o João à viola e todos nós a cantar. O João até tocou a música da Teresa, Vinde a Mim, já tínhamos treinado juntos em casa. Não correu nada mal! Que bom!

E aqui fica a foto do padre Miguel durante o seu ensinamento. Esperamos em breve mais pormenores deste encontro e do ensinamento do padre Miguel, pela partilha do João e da Sónia, que tão bem conduziram este encontro.




Obrigada Senhor, pela oportunidade de servir mais uma vez e de falar de Ti ao grupo de crianças... Como foi bom!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Festa de aniversário do Gabriel, a Aldeia e as Aldeias de Caná

Todos os anos na nossa Aldeia, no primeiro sábado de  Agosto, todas as pessoas se juntam num dia em cheio! Um dia inteiro de convívio com aqueles que emigraram para outros países e lá formaram família e tiveram filhos, com aqueles que foram viver para as grandes cidades e ainda a conversa animada dos poucos que ainda habitam cá. Muitos trazem familiares e amigos e as mesas se enchem de alegria, crianças e de muita conversa. Este dia é especial, é chamado o "dia da sardinhada". Há sempre uma equipa que trabalha com dedicação: panelas gigantes de batatas cozidas, bacias enormes de tomate cortadinho com cebola e as famosas sardinhas bem gordinhas e fresquinhas que os homens assam lá fora na brasa. A comida é disponível para todos, de coração aberto, não há reservas, nunca ninguém sabe ou certo quantas pessoas aparecem  mas há sempre comida para mais alguém. Há tarde, há febras na brasa e muita conversa. Este dia começa sempre bem cedo, ao meio dia temos sempre a celebração da Eucaristia geralmente com os sacerdotes das nossas terras, que muitas vezes estão longe em missão, e que em Agosto passam ali uns dias de descanso com alguns familiares. 

É um dia especial de união, de retorno às origens, algumas pessoas só as vemos neste dia... 









Esta experiência de vivermos numa Aldeia é muito enriquecedora, há tantos exemplos simples  que me fazem viver de perto o amor de Deus. De quando em quando, há sempre uma vizinha que nos liga para nos oferecer rama de videira para as cabras comerem, muitas vezes oferecem-nos muitos ovos, há sempre um gesto de carinho e amizade... 

Todos os anos é neste clima de união que fazemos sempre a festa de aniversário do Gabriel. Além dos amiguinhos da escola todas as crianças presentes são bem-vinda à festa.



Eu sou uma apaixonada pelas experiências simples de doação da Aldeia, não admira que me sinta tão entusiasmada pelas Aldeias de Caná. Nem todos temos a possibilidade de viver de perto numa Aldeia, mas através do projeto de Deus das Aldeias de Caná, o espírito de intimidade com Deus e partilha entre famílias pode ser uma realidade para todas as paróquias. Como tão bem afirmou o nosso amigo João Miranda, pai de uma belíssima Família de Caná, enquanto conversávamos : " Não era pedir muito se cada paróquia fosse uma Aldeia de Caná!" As Aldeias de Caná são uma das respostas de Deus nos dias de hoje para reerguer paróquias, onde pequenos núcleos sólidos de famílias se animam na fé, caminham juntos e contagiam outras famílias com gestos simples dando o testemunho vivo da presença do Senhor onde quer que estão. As Aldeias de Caná são também ótimas oportunidades de caminhar ao lado dos nossos sacerdotes, reconhecendo a benção dos sacramentos na nossa vida, crescendo na fé com os seus ensinamentos e um constante desafio para estarmos sensíveis às suas necessidades pessoais e da paróquia e apoiá-las.

Muitas famílias pensam que vão perder tempo ao se unirem nas Aldeias de Caná, que é dispensável estarem com outras famílias para serem felizes e encontrarem o Senhor.Respeito todas as opiniões e de fato, existem muitas formas de servir, mas uma coisa é certa : nenhuma família se salva sozinha, na sua casinha com a sua fé. Não é por acaso que vivemos a nossa fé em comunidade, que as famílias se juntam ao domingo para viver e celebrar a Eucaristia Dominical. Se não fosse preciso nos unirmos cada família ficava em casa no Domingo e rezava sozinha. Se não fosse preciso nos unirmos, falávamos diretamente com Deus e não precisávamos de nos deslocar à Igreja para receber pelas mãos do sacerdote o perdão de Deus. Se não fosse preciso nos unirmos não precisávamos das mãos do sacerdote para que Jesus descesse em corpo e alma numa partícula de farinha e água, servindo-nos de verdadeiro alimento. Sim, é verdade! Precisamos uns dos outros e o nosso coração deve abrir-se ao serviço e à partilha. Não nos unimos porque temos talentos ou bens para dar, mas sim unimo-nos porque queremos entregar a nossa vida ao Senhor e é Ele próprio que nos encherá do seu espírito e nos mostrará como servir, nos encherá de dons. As famílias que se disponibilizam para estarem juntas descobrem na prática uma alegria que não conheciam, a solução de alguns dos seus problemas e a felicidade nos rostos dos seus filhos!

Em todo o esforço que realizamos para unir famílias os primeiros a ganhar são os nossos filhos que ganham amigos novos para a brincadeira, amigos que ficam nos seus corações para sempre e que até rezam juntos e vão juntos à Missa! Tantas graças, tantas bençãos....

Parabéns, Gabriel! Estás cada vez mais crescido, mais cheio da presença de Deus... Durante este último ano, ganhaste muitos amigos novos para brincar e também para rezar. Talvez no futuro sejam esses amigos com quem falarás de Deus e sairás em missão transformando o mundo!... 


terça-feira, 21 de julho de 2015

A grande alegria da Aldeia de Caná de Proença-a-Nova

O nosso encontro mensal das Famílias de Caná de Julho era aguardado por todos com muita alegria e expectativa. Na verdade, não iriamos ter um encontro mas sim, um dia inteiro de retiro! Um dia que marcaria definitivamente a nossa Aldeia, onde as famílias puderam beber da fonte das origens das Famílias de Caná. Já há quatro meses que eu falo de como tudo começou e até já lhes tinha mostrado fotos da Família Power. Que alegria foi para todos poderem ouvir os ensinamentos da Teresa e abraçá-la pessoalmente e conhecerem o Niall, sempre de um lado para o outro a trabalhar, sempre com o seu ar bem disposto sempre pronto para brincar com as crianças. Os seus filhos misturaram-se com as crianças do grupo e faziam novos amigos. Sentimo-nos mais próximos, sentimo-nos verdadeiramente  família.


 Os momentos vividos encheram a "bilha" do nosso coração com muito amor, aquele amor que só Deus nos consegue dar...


A nossa caravana era muito numerosa e caminhava ao ritmo dos carrinhos, das conversas e das crianças mais pequenas que nos davam as mãos. Aos poucos todos chegaram à Igreja matriz de Proença-a-Nova e assistimos à missa dominical com a paróquia. Que belo testemunho foi dado simplesmente pela nossa presença! 





O nosso almoço partilhado é sempre vivido em clima de festa



Desta vez, a festa foi a dobrar,  cantámos os parabéns à nossa querida Paula, mãe de três lindas meninas da nossa Aldeia de Caná.




O espetáculo de ilusionismo do Francisco, encheu a sala de gargalhadas e sorrisos. Como sempre, muito belo e inspirador!







Eu estive o dia inteiro dedicada aos mais pequenos. Trabalhando a raiz bíblica das Famílias de Caná, pintámos, desenhámos, conversámos e cada um moldou a sua bilha. A todas as famílias que participaram neste retiro, gostaria que soubessem que os vossos filhos se portaram muito bem, e mais do que isso, pude perceber que a " bilha " dos seus corações estava repleta do Amor de Deus e que todos tinham um grande amor à sua família. Continuem a rezar com eles e a falar de Deus, escutem o que eles têm para vos contar. Obrigada a todos por esta oportunidade. 



Não tenho palavras para vos dizer o que sinto de tudo isto.... Só vos peço: venham também e juntem-se a nós!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Gestos de amor vividos entre famílias

Sem dúvida que um dos melhores momentos que temos é o tempo que passamos em família! Seja na nossa terra ou de férias noutro local, aqueles momentos simples enchem-nos o coração e a alma. 

Quase que sinto o Senhor a caminhar ao nosso lado à beira mar...


E aquele pôr do sol que nos faz parar e agradecer...


Molhar os pés na água salgada e ouvir as risadas dos mais pequenos a brincar...


Ir a um parque e estender uma manta na relva, levar o almoço...


...e ver os mais pequenos a brincar e a comer gelado



Coisas simples mas se vividas com verdadeira alegria são momentos mágicos e acredito que até de grande testemunho e inspiração para quem nos vê... Não estaremos nós também a falar de Deus aos outros quando temos gestos de amor?

E se esses gestos de amor forem vivido entre famílias?
O Senhor nos tem mostrado que a nossa família é muito maior do que imaginamos. A nossa família também são todas as famílias que querem "fazer tudo aquilo que Jesus disser", são as famílias que buscam a coragem do "sim" mesmo sabendo que falham muito, que querem viver na verdadeira alegria, simplicidade. Sim, já somos muitos, há famílias de Caná um pouco por todo o lado.

Temos aproveitado para viver ao máximo os nossos momentos de família, com famílias e a nossa alegria tem saído multiplicada.

Como é bom sentirmo-nos e estarmos em casa em qualquer parte.

Sábado, foi um dia especial. A Ana e o Miguel, a Carmina e o Edu estiveram connosco. Sem falar das crianças que no total eram nove. Os abraços, os sorrisos, as saudades... muita conversa. E porque  além de sermos amigos, somos Famílias de Caná não podiam faltar as bodas! Sim, fomos muito bem recebidos na casa da Ana e do Miguel onde jantámos. As crianças brincaram, fizeram desenhos e tivemos direito a sobremesa e música! Coisas simples mas quando partilhadas com amor são os tesouros que nos falam do amor de Deus. São as pedras preciosas que guardaremos no nosso coração quando chegarmos a casa, à nossa verdadeira casa, o céu...



E eu fico a pensar...

Será que há algum tipo de problema que nos poderá abalar se nos unirmos entre famílias na alegria e nas dificuldades tendo o coração totalmente consagrado ao Senhor?

Se não nos unirmos, como o Senhor poderá resolver os nossos problemas? Se não nos unirmos, como ouviremos a voz do Senhor, como sentiremos o Seu braço a agarrar o nosso e a nos amparar nos momentos difíceis? Se não nos unirmos será que verdadeiramente estamos a "fazer tudo o que Jesus nos disser"?