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domingo, 13 de março de 2016

Ser Aldeia e as 24 horas para o Senhor

A nossa Aldeia de Caná está viva, pois é o Senhor que a sustenta na palma das Suas mãos. Apesar dos passos pequeninos, e no meio de tantos contra tempos e falta de apoio, caminhamos na simplicidade e principalmente no recolhimento das nossas orações e no desejo de dar mais ao Senhor.

Com esse espírito, recebi a mensagem da Paula Sequeira, uma das famílias da nossa Aldeia:

" Encontro marcado hoje pelas 22 h na Igreja Matriz de Proença. 1h a rezar pelo Senhor. Abramos o coração ao Senhor e deixemo-nos conduzir pelo Seu Espírito. Que ninguém fique sem responder ao apelo do Papa."

Fiquei tão feliz pelo seu gesto de amor. Ser Aldeia é isto, pequenos gestos de amor, em que cada um se compromete nas pequenas coisas a reerguer os outros rumo à vontade do Pai. Ser Aldeia é sacrifício e alegria misturadas, é sonhar alto, bem alto....

https://www.facebook.com/paroquiasproenca/photos/a.246398592237416.1073741834.244791629064779/489909361219670/?type=3&theater

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Dia 20, um dia em cheio...

A poucos dias do nascimento do Senhor, depois dos ensaios e da Santa Missa na nossa comunidade, o grupo da catequese apresentou uma peça de Natal para toda a comunidade dentro da Igreja, depois da benção final do padre Paulino. Uma prenda para o Senhor...


Os meninos andava a treinar a peça que durou 30 minutos já há muitas semanas. A nossa querida catequista Ana Maria apresentou-nos um guião cheio de passagens e com muitas músicas.
A presença e a ternura do nosso "menino Jesus" e de Maria tornaram o ambiente cenário de contemplação... 



O Gabriel e a Clarinha participaram e até eu tive papel na história. Que alegria!


Mas o dia não ficou por aqui. O almoço foi apressado pois já faltada pouco tempo para as 15h e iriamos estar mais uma vez juntos para rezarmos com as famílias de Caná. A Aldeia da abóboda orientada pelo João e pela Sónia, os nossos queridos amigos, caminha com união e simplicidade. 


À luz dos Mistérios da Fé e conduzidos pelo João procurámos meditar no nascimento do Senhor. Lançámos preces diante do Santíssimo para que o Senhor pudesse nascer naqueles locais da nossa vida mais difíceis e que escondemos...
As crianças foram convidadas a se aproximarem mais perto do Santíssimo e a falarem com Jesus. Depois rezámos todos juntos o terço com a presença do Padre Miguel. Que bênção!
A brincadeira e a conversa estendeu-se até á noite no parque das crianças que andavam animadíssimas no escorrega e nos baloiços.
 Um dia em cheio...

domingo, 29 de novembro de 2015

O nosso sexto encontro de famílias em Proença-a-Nova/ Famílias de Caná

O Gabriel e a Clarinha estavam cheios de saudades do padre Paco e do Seminário do Preciosíssimo Sangue em Proença onde fizeram muitos novos amigos pelos Encontros com as famílias. Este domingo estivemos juntos diante do sacrário da capelinha do Seminário em oração. Depois de cânticos e de cada um agradecer a Deus, lemos a Palavra de Deus - Act 3. Depois de meditarmos, as crianças sentadas num tapete junto de nós faziam desenhos para colocar aos pés do Sacrário, e alternadamente participavam na recitação do terço. Ao rezarmos os Mistérios Gloriosos diante do sacrário pedimos por todas as famílias que não puderam estar presentes, pelos sacerdotes, pelas nossas comunidades e paróquias e pela paz no mundo.



A Aldeia de Caná  será chamada Aldeia de Caná: São Gaspar Del Búfalo, de Proença-a-Nova. São Gaspar foi o fundador dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, ardoroso apóstolo da devoção do Precioso Sangue de Jesus, levou o amor de Deus ao povo da periferia de Roma e alcançou muitas graças. Pedimos a sua intersecção nos encontros para que abençoe os sacerdotes e lhes devolva o ardor missionário de "fazer tudo o que Jesus nos disser" e pelas famílias que sintam a missão de viver o evangelho, de não terem medo de dar testemunho e de ir ao encontro das periferias, daqueles que estão mais afastados da vivência e da prática dos sacramentos. 



As fotos são escassas. pois estive muito concentrada na recitação do terço. No fim, as crianças mostraram-nos os seus desenhos e explicaram o que tinham feito. De mãos dadas, cantámos e agradecemos. O lanche seguiu-se apressadamente pois todos queriam ir ter com o padre Paco e visitar os animais do seminário.
 As galinhas passeavam alegremente no campo...



O Gabriel e a Clarinha a colocarem milho partido para as galinhas... 




Vejam os ovos...


As crianças andavam de um lado para o outro todas contentes.


Obrigada Senhor, por estes momentos de oração, partilha, alegria, pelo apoio e presença do Padre Paco, por nos sentirmos família nesta grande família que é a Igreja. Obrigada Senhor, por todas as famílias de Caná espalhadas pelo nosso país. Eu te peço Senhor, abençoa-as em nome do pai, do Filho e do Espirito Santo. Ámen.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Aldeia que reza junta

Acredito que, depois da oração diante do Santíssimo, não há oração mais poderosa que a oração em família. Aquela oração em que o pai e a mãe estão presentes, louvam e agradecem ao Senhor enquanto as crianças se aproximam do seu colo ou dançam e expressam a sua alegria ao Senhor. E quando a nossa família se junta com outras famílias para rezarmos juntas, grandes graças descem sobre todos nós e a presença de Maria se sente nitidamente.

Foi isto que aconteceu no domingo passado, a Sónia e o João aceitaram o desafio e abriram as portas da sua casa. O canto de oração da sua casa foi o local de mais um encontro da Aldeia da Abóboda, com uma nova família. De olhares fixos no canto de oração, formámos um  grande circulo à sua volta, enquanto as crianças se sentavam no tapete no meio de nós. Depois das músicas, as crianças foram desafiadas a desenhar uma prenda para oferecer a Nossa Senhora e Jesus e colocá-la no canto de Oração da Sónia e do João. Cada uma agradeceu a Jesus pelo dia e os adultos pediram pelas suas intenções familiares. Com o terço na mão, cada um, incluindo as crianças mais velhinhas, participavam na recitação do terço. Nas três avé-marias finais pedimos pelo Papa e por todas  as Famílias de Caná. Foi um momento muito especial de muita comunhão espiritual. Não faltou a brincadeira dos mais pequenos lá fora, enquanto nós os pais, abríamos os corações falando um pouco de nós, do nosso percurso na Igreja. Houve boa disposição, gargalhadas.  Tudo coisas típicas de quem vive numa família e se sente muito unido e próximo. Foi muito especial.
Aqui estão alguns dos desenhos e trabalhos dos mais pequenos no final do terço.


A cantar, rezar e a louvar o Senhor!




 E aqui estou eu, a madrinha babada do Matias! Ele por quem eu rezo e me lembro nas minhas orações. Está muito crescido e lindo!



segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Juntos em Aldeia

A Clarinha já andava cheia de saudades do Gaspar.
-" Mamã, quando vamos a casa do Gaspar?"
-" No próximo Domingo, temos encontro com as famílias de Caná na Aldeia da Abóboda."
-" É retiro, convívio ou missa?" Perguntou o Gabriel para se orientar com o programa.
- " Vamos rezar juntos. Nos encontros das Aldeias de Caná, as famílias encontram-se para rezar juntas. Claro, que também tens um convívio e lanchinho no fim!" Sorri-lhe.

No domingo de manhã, a Clarinha ficou ainda mais contente. Iriamos almoçar juntos na casa do Gaspar, brincar, ver livros e conversar antes do encontro. A missa não a podemos partilhar porque na nossa nova paróquia temos a catequese ao domingo e logo em seguida a missa com os catequistas e os meninos na fila da frente. 
Depois do almoço, de muita conversa, brincadeira, lá fomos todos animados rumo à Igreja de Nossa Senhora da Conceição na Abóboda. Além da nossa família e da família do João e da Sónia, o padre Miguel esteve lá e tivemos a graça de mais duas famílias partilharem aqueles momentos de oração.
O Serge ainda tocou viola ao lado do João algumas músicas e todos cantávamos. Seguindo os Mistérios da Fé, percorrendo do Antigo ao Novo testamento, a palavra Alegria esteve presente no meio da nossa oração.


 O João convidou-nos a fazermos com as crianças uma pagela para colocar no nosso canto de oração,  "Deus sorriu-me", e o desenho dos mais pequenos contando de que forma Deus nos tem feito sorrir. 

Esta foi a pagela que a Clarinha fez ao meu colo. Toda contente explicou em voz alta para as famílias, que estava muito contente com os trabalhinhos que tem feito com a mamã na sua secretária e que Jesus está sempre presente. Ela desenhou Jesus com um florinha atrás da secretária e escreveu a palavra Alegria.


O Gabriel desenhou todos nós a sorrir dentro da cruz de Jesus e embaixo todos juntos voltados para o centro, a luz luminosa que representa Jesus. Ficaram muito giras as pagelas, não concordam?



Rezámos o Magnificat, a consagração a Nossa Senhora e os Mistérios do terço.
Houve tempo para os mais pequenos brincarem um pouco e a Clarinha deliciou-se ao a ouvir histórias contadas pelo Daniel.



A Sónia deixou o desafio de cada encontro ser preparado por uma família diferente. Todos temos maneiras diferentes de rezar e de se expressar e isso pode ser uma forma de nos enriquecermos como grupo.
Dia 15 de Novembro, somos nós a preparar o encontro. 
Haverá por aí alguma família de Caná que se queira juntar a nós?


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A alegria de estar em família e a alegria da nova Aldeia das famílias de Caná

Umas das coisas maravilhosas destes últimos tempos tem sido a alegria de estarmos com amigos. O tempo de conversa / partilha entre nós e a brincadeira entre as crianças parece não ter fim, temos sempre vontade de ficar só mais um pouquinho juntos. A Sónia e o João Miranda e os seus filhos são uma família de Caná muito especial para nós, com eles sentimo-nos em casa.


Temos tido momentos muito bons juntos, de brincadeira, conversa, de partilha de refeições, juntos também já fizemos a nossa oração familiar diária junto do canto de oração, e juntos participámos da Santa Missa na paróquia.

Neste clima familiar, tivemos a graça de receber no primeiro encontro da Aldeia de Caná de Cascais e arredores mais uma família da paróquia e a presença do padre Miguel que nos acompanhou com o seu ensinamento de acolhimento.
Foi um dia especial onde foi lançada a semente das Famílias de Caná na paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Abóboda, vigararia de Cascais.
Eu estive a trabalhar com as crianças e diverti-me imenso. Aprendo sempre tanta coisa com as suas partilhas! É tão bom...
Estive a trabalhar com os Mistérios da Fé, primeiro volume, da Teresa. Que belo trabalho são os Mistérios da fé, vale muito a pena trabalhá-los em família!




Desenvolvi o tema da oração, da importância de estarmos atentos à voz do Senhor, percorremos o primeiro mistério dos Mistérios Gozosos. Contei a história de Samuel e a história da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora.
Cada um construiu a sua cruz de papel com dobragens e recortes a partir de uma história, que nos fala onde encontramos a presença de Deus. Tirei a ideia da cruz aqui, mas adaptei a história ao tema.

A história que contei foi mais ou menos assim:

"O Senhor Deus criou-nos com um coração puro e limpinho como esta folha de papel. Pediu-nos que cumpríssemos os seus mandamentos e O escutássemos. Escutamos a voz do Senhor quando rezamos em família na nossa casinha ou na igreja. 

( aparecia a forma de uma casa)
  

Mas o homem esqueceu-se e preferiu procurar Deus através das coisas. Nos anos 60, o homem inventou o avião. 
( surge a forma do avião)
Assim pensou chegar até ao céu, mas ele viu que o avião não voava assim tão longe e talvez Deus estivesse para além das estrelas. Então, ele inventou o foguetão. 
( após cortar as asas do avião, surge o foguetão)

De fato, o foguetão ia mais longe mais ele percebeu que não era assim que ele encontrava a presença e o Amor de Deus.


Na verdade, só encontramos a presença e o amor de Deus na cruz, onde Jesus morreu e se ofereceu por todos nós. Mas Ele não permaneceu morto. Ao terceiro dia, ressuscitou e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso.
( surge a forma de uma cadeira)"


Depois cada um decorou a sua cruz.
E à semelhança de Samuel na sua cama a escutar a voz do Senhor, cada um levou para o seu canto de oração esta imagem ( tirei ideia aqui)  para se lembrar de estar atento à voz do Senhor e na parte de trás escreveu: " Fala, Senhor, que o teu servo escuta!" ou "  Eis a serva do Senhor". 




Foi um dia em cheio com oração e muita música, com o João à viola e todos nós a cantar. O João até tocou a música da Teresa, Vinde a Mim, já tínhamos treinado juntos em casa. Não correu nada mal! Que bom!

E aqui fica a foto do padre Miguel durante o seu ensinamento. Esperamos em breve mais pormenores deste encontro e do ensinamento do padre Miguel, pela partilha do João e da Sónia, que tão bem conduziram este encontro.




Obrigada Senhor, pela oportunidade de servir mais uma vez e de falar de Ti ao grupo de crianças... Como foi bom!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Festa de aniversário do Gabriel, a Aldeia e as Aldeias de Caná

Todos os anos na nossa Aldeia, no primeiro sábado de  Agosto, todas as pessoas se juntam num dia em cheio! Um dia inteiro de convívio com aqueles que emigraram para outros países e lá formaram família e tiveram filhos, com aqueles que foram viver para as grandes cidades e ainda a conversa animada dos poucos que ainda habitam cá. Muitos trazem familiares e amigos e as mesas se enchem de alegria, crianças e de muita conversa. Este dia é especial, é chamado o "dia da sardinhada". Há sempre uma equipa que trabalha com dedicação: panelas gigantes de batatas cozidas, bacias enormes de tomate cortadinho com cebola e as famosas sardinhas bem gordinhas e fresquinhas que os homens assam lá fora na brasa. A comida é disponível para todos, de coração aberto, não há reservas, nunca ninguém sabe ou certo quantas pessoas aparecem  mas há sempre comida para mais alguém. Há tarde, há febras na brasa e muita conversa. Este dia começa sempre bem cedo, ao meio dia temos sempre a celebração da Eucaristia geralmente com os sacerdotes das nossas terras, que muitas vezes estão longe em missão, e que em Agosto passam ali uns dias de descanso com alguns familiares. 

É um dia especial de união, de retorno às origens, algumas pessoas só as vemos neste dia... 









Esta experiência de vivermos numa Aldeia é muito enriquecedora, há tantos exemplos simples  que me fazem viver de perto o amor de Deus. De quando em quando, há sempre uma vizinha que nos liga para nos oferecer rama de videira para as cabras comerem, muitas vezes oferecem-nos muitos ovos, há sempre um gesto de carinho e amizade... 

Todos os anos é neste clima de união que fazemos sempre a festa de aniversário do Gabriel. Além dos amiguinhos da escola todas as crianças presentes são bem-vinda à festa.



Eu sou uma apaixonada pelas experiências simples de doação da Aldeia, não admira que me sinta tão entusiasmada pelas Aldeias de Caná. Nem todos temos a possibilidade de viver de perto numa Aldeia, mas através do projeto de Deus das Aldeias de Caná, o espírito de intimidade com Deus e partilha entre famílias pode ser uma realidade para todas as paróquias. Como tão bem afirmou o nosso amigo João Miranda, pai de uma belíssima Família de Caná, enquanto conversávamos : " Não era pedir muito se cada paróquia fosse uma Aldeia de Caná!" As Aldeias de Caná são uma das respostas de Deus nos dias de hoje para reerguer paróquias, onde pequenos núcleos sólidos de famílias se animam na fé, caminham juntos e contagiam outras famílias com gestos simples dando o testemunho vivo da presença do Senhor onde quer que estão. As Aldeias de Caná são também ótimas oportunidades de caminhar ao lado dos nossos sacerdotes, reconhecendo a benção dos sacramentos na nossa vida, crescendo na fé com os seus ensinamentos e um constante desafio para estarmos sensíveis às suas necessidades pessoais e da paróquia e apoiá-las.

Muitas famílias pensam que vão perder tempo ao se unirem nas Aldeias de Caná, que é dispensável estarem com outras famílias para serem felizes e encontrarem o Senhor.Respeito todas as opiniões e de fato, existem muitas formas de servir, mas uma coisa é certa : nenhuma família se salva sozinha, na sua casinha com a sua fé. Não é por acaso que vivemos a nossa fé em comunidade, que as famílias se juntam ao domingo para viver e celebrar a Eucaristia Dominical. Se não fosse preciso nos unirmos cada família ficava em casa no Domingo e rezava sozinha. Se não fosse preciso nos unirmos, falávamos diretamente com Deus e não precisávamos de nos deslocar à Igreja para receber pelas mãos do sacerdote o perdão de Deus. Se não fosse preciso nos unirmos não precisávamos das mãos do sacerdote para que Jesus descesse em corpo e alma numa partícula de farinha e água, servindo-nos de verdadeiro alimento. Sim, é verdade! Precisamos uns dos outros e o nosso coração deve abrir-se ao serviço e à partilha. Não nos unimos porque temos talentos ou bens para dar, mas sim unimo-nos porque queremos entregar a nossa vida ao Senhor e é Ele próprio que nos encherá do seu espírito e nos mostrará como servir, nos encherá de dons. As famílias que se disponibilizam para estarem juntas descobrem na prática uma alegria que não conheciam, a solução de alguns dos seus problemas e a felicidade nos rostos dos seus filhos!

Em todo o esforço que realizamos para unir famílias os primeiros a ganhar são os nossos filhos que ganham amigos novos para a brincadeira, amigos que ficam nos seus corações para sempre e que até rezam juntos e vão juntos à Missa! Tantas graças, tantas bençãos....

Parabéns, Gabriel! Estás cada vez mais crescido, mais cheio da presença de Deus... Durante este último ano, ganhaste muitos amigos novos para brincar e também para rezar. Talvez no futuro sejam esses amigos com quem falarás de Deus e sairás em missão transformando o mundo!... 


terça-feira, 21 de julho de 2015

A grande alegria da Aldeia de Caná de Proença-a-Nova

O nosso encontro mensal das Famílias de Caná de Julho era aguardado por todos com muita alegria e expectativa. Na verdade, não iriamos ter um encontro mas sim, um dia inteiro de retiro! Um dia que marcaria definitivamente a nossa Aldeia, onde as famílias puderam beber da fonte das origens das Famílias de Caná. Já há quatro meses que eu falo de como tudo começou e até já lhes tinha mostrado fotos da Família Power. Que alegria foi para todos poderem ouvir os ensinamentos da Teresa e abraçá-la pessoalmente e conhecerem o Niall, sempre de um lado para o outro a trabalhar, sempre com o seu ar bem disposto sempre pronto para brincar com as crianças. Os seus filhos misturaram-se com as crianças do grupo e faziam novos amigos. Sentimo-nos mais próximos, sentimo-nos verdadeiramente  família.


 Os momentos vividos encheram a "bilha" do nosso coração com muito amor, aquele amor que só Deus nos consegue dar...


A nossa caravana era muito numerosa e caminhava ao ritmo dos carrinhos, das conversas e das crianças mais pequenas que nos davam as mãos. Aos poucos todos chegaram à Igreja matriz de Proença-a-Nova e assistimos à missa dominical com a paróquia. Que belo testemunho foi dado simplesmente pela nossa presença! 





O nosso almoço partilhado é sempre vivido em clima de festa



Desta vez, a festa foi a dobrar,  cantámos os parabéns à nossa querida Paula, mãe de três lindas meninas da nossa Aldeia de Caná.




O espetáculo de ilusionismo do Francisco, encheu a sala de gargalhadas e sorrisos. Como sempre, muito belo e inspirador!







Eu estive o dia inteiro dedicada aos mais pequenos. Trabalhando a raiz bíblica das Famílias de Caná, pintámos, desenhámos, conversámos e cada um moldou a sua bilha. A todas as famílias que participaram neste retiro, gostaria que soubessem que os vossos filhos se portaram muito bem, e mais do que isso, pude perceber que a " bilha " dos seus corações estava repleta do Amor de Deus e que todos tinham um grande amor à sua família. Continuem a rezar com eles e a falar de Deus, escutem o que eles têm para vos contar. Obrigada a todos por esta oportunidade. 



Não tenho palavras para vos dizer o que sinto de tudo isto.... Só vos peço: venham também e juntem-se a nós!

sábado, 4 de julho de 2015

O nosso testemunho e o milagre

"A Igreja deve servir Jesus nas pessoas marginalizadas, abandonadas, sem fé, decepcionadas com a Igreja, prisioneira do próprio egoísmo. Sair significa ainda ‘rejeitar a autorreferencialidade’ em todas as suas formas; saber ouvir e aprender de todos, com sinceridade humilde”. Estas são palavras do Papa Francisco e me fazem meditar muito.

Muitas são as famílias que se sentem à margem do Amor de Deus, muitas são as famílias que não encontram o seu lugar na Igreja e se sentem decepcionadas, sem fé, muitas vezes julgadas pelos que estão dentro da Igreja pelo seu passado...

Estaremos nós a saber acolher as famílias que se sentem à margem nas nossas comunidades levando-lhes o Amor de Deus ou simplesmente acomodamo-nos e pensamos: " Esta família é um caso perdido! Nem vale a pena tentar falar de Deus..."?
Ora, oiçam bem o nosso testemunho:
Mal soube de uma ou outra família que estaria interessada em participar nos nossos encontros de famílias em Proença fui logo sem demora falar com elas e abrir o meu coração. Queria ver os seus rostos, perceber o que estavam a viver, as suas dificuldades. Desejava também que elas ouvissem a minha voz e sentissem o meu entusiasmo e desejo de caminharmos juntos... Ao expor a proposta dos encontros, todas estavam entusiasmadas para começar.
Os encontros começaram e uma das famílias não apareceu nem no primeiro , nem no nosso segundo encontro.  Na hora do lanche partilhado, do segundo encontro, enquanto estávamos todos  a comer, houve uns instantes de silêncio e eu fui impelida a falar, quer desejasse quer não. Olhei nos olhos de duas mães e comecei assim a conversa do nada:

- " Eu sei que vocês olham para mim como se fosse perfeita a  nossa família! Não é verdade! Nós não somos tão virtuosos ou fomos tão virtuosos como vocês pensam! Vocês pensam que eu estou à vontade para falar, mas não é verdade. Quem me conhece sabe que sou bastante reservada e até tímida. Já ofendemos muito o Senhor! A nossa família também é fruto da misericórdia e do perdão de Deus! Tanto eu como o Serge andámos muito tempo afastados da Igreja e apesar de buscarmos o amor de Deus em tudo, andámos muito longe dos sacramentos e dos mandamentos de Deus. A nossa família começou assim: eu o Serge conhecemo-nos num encontro no Alentejo no qual se abordava muitos assuntos diversos como a educação, agricultura biológica, entre outros. Quando começámos a falar, era impressionante a quantidade de coisas que tínhamos em comum e dos nossos desejos para o futuro. Desejávamos formar uma família com valores, viver as coisas simples da vida e servirmos os outros. A Igreja não fazia parte das nossas vivências mais profundas, apesar de Deus estar sempre presente. A sintonia foi tão forte do nosso encontro que o nosso namoro, amizade começou logo ali. Ao falar com a minha amiga que tinha vindo comigo para aquele encontro disse-lhe: " Desculpa, já não vou voltar contigo para Lisboa. Encontrei alguém muito especial..." Sim, eu sei que sou um pouco maluca mas aconteceu mesmo assim. Nem passado um mês de conhecer o Serge fiquei grávida do Gabriel. Não tínhamos planeado que fosse assim, mas ficámos ambos muito felizes! Sentíamos um amor muito grande um pelo outro. Naquele mesmo dia, falámos com os meus pais e os pais do Serge e decidimos casar pela Igreja, não com a convicção do sacramento em si, mas sim porque queríamos ter a benção de Deus e reunir a família dos dois lados. Quando estava grávida de três meses do Gabriel, casámos e foi uma cerimonia muito bela e muitas graças foram derramadas sobre nós. Só mais tarde saberíamos o quanto! A nossa família não começou da maneira perfeita, mas o senhor não desistiu de nós! Mostrou-nos os nossos erros e nos deu força para caminhar! Acham que Deus nos ama menos ou mais pelo nosso passado em relação àqueles que fizeram toda a caminhada dentro da Igreja? Deus ama-nos da mesma forma e com a mesma intensidade. Deus ama todas as famílias da mesma maneira. O que fariam se ouvissem esta história e não soubessem que era a nossa?"...



 Depois de falar senti que um peso tinha saído do ar que respirávamos e os seus rostos ficaram luminosos e cúmplices com o meu. Afinal, todos temos coisas para contar em que ofendemos a Deus, o que importa é o que vivemos no momento presente, o que importa é a intensidade do amor que trazemos no coração para dar a Deus. O Senhor ao ver o nosso arrependimento apaga as nossas faltas e sem demora traz-nos uma túnica que coloca nos nossos ombros e no dedo um anel e diz: " Tu és o meu filho muito Amado!"

O milagre estava para acontecer no encontro seguinte das famílias.
No terceiro encontro, o meu coração encheu-se de alegria pela família que nunca tinha aparecido e emocionada partilhou que lhe tinham contado o nosso testemunho e que por causa dele estava ali. Tinha medo dos julgamentos e não sentia que podia fazer parte desta caminhada connosco.

O meu coração se encheu de amor e repeti várias vezes: " Tu és muito amada! O senhor te ama muito e o teu lugar é aqui!"

Que nenhuma família se sinta envergonhada com o seu passado! O Senhor quer recolher todas as famílias que se sentem à margem, fora dos modelos perfeitos. Há um grande exército de famílias que estão à margem da Igreja e que o Senhor quer tocar, operar milagres, devolver a fé, a esperança e construir um mundo novo. O Senhor tem um plano para cada uma delas. Não existem casos perdidos, com Deus tudo é possível! Tenho mais fé nas famílias aventureiras, que arriscam, que buscam e que querem servir o Senhor de todo o coração, mesmo sabendo que são imperfeitas, que saibam :" ‘rejeitar a autorreferencialidade’ em todas as suas formas; saber ouvir e aprender de todos, com sinceridade humilde", como o Papa Francisco fala, do que aquelas que muitas vezes caminharam sempre certinhas, e até têm um lugar certo na Igreja. Precisamos de famílias que queiram amar o Senhor de todo o coração e isso basta! Precisamos de todas as famílias, as que estão dentro da Igreja com a chama acesa pelo Senhor e as que estão fora desejando encontrar o Amor de Deus...

Estaremos nós preparados como Igreja para não julgarmos as famílias pelas aparências do seu passado, não julgando mas agindo com amor, sabendo acolhe-las e elevando-as para que sintam que também elas têm um lugar na Igreja?

Eu não sei a vossa resposta, mas sei o que o Senhor espera de mim: reunir aquelas que já perderam a fé e levá-las a sentir o Amor de Deus...


quinta-feira, 2 de julho de 2015

Retiro de Famílias de Caná em Proença-a-Nova


Nossa Senhora de Caná - aguarela.jpg

Como a Teresa já anunciou no blog, dia 19 de Julho, domingo, a nossa Paróquia de Proença-a-Nova estará em festa. A Aldeia de Caná de Proença-a-Nova está a dar os primeiros passos e as novas famílias que entretanto estão a fazer a caminhada connosco, estão entusiasmadas com o retiro e com a oportunidade de partilharem este dia com a Família Power! Como é bom unir a nossa pequena Aldeia, à grande Família das Famílias de Caná!
O nosso coração também está aberto a todas as famílias que queiram juntar-se a nós! Mesmo famílias que venham de longe e queiram pernoitar, terão com certeza um acolhimento em casa de famílias de amigos nossos! Arrisquem e venham viver de perto um encontro pessoal com o Senhor em família!
Toda a informação acerca do programa e inscrições estão disponíveis em http://umafamiliacatolica.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Permanece em Mim

Quando estou sozinha em casa com os três, tenho momentos de grande aventura, diversão, trabalho mas também trabalho em equipa e de alguns momentos mais cansativos. Hoje compreendo que esta escola belíssima que é a maternidade é o caminho que eu precisava para me aproximar verdadeiramente da união com Deus.

- " Mamã, sabes como se consegue pilotar este avião? Olha, como tem esta curvatura aqui nas asas, ele consegue subir e voar melhor... Mamã, estás a ver?" O Gabriel falava entusiasmado e sempre a olhar para mim, enquanto a Clarinha puxava-me pelo braço e insistia: 
-" Olha, mamã! Olha, já consigo fazer esta ginástica e este salto! Tens que ver!" Enquanto isso, a Sofia agarrava-se às minhas pernas e choramingava, pois queria colo.
O Gabriel ao olhar para trás gritou:
-" Mamã, nem queiras saber o que a Sofia despejou no tapete?"
Enquanto, tudo isto acontecia eu só pensava: " Será que eu sou capaz de arrumar até ao fim a mesa sem interromper mil e uma vezes?" 

Há um tempo atrás ficava stressada e desanimada quando sentia que não dava conta do recado mas há uns dias atrás aconteceu uma situação semelhante e ao telefone partilhava ao Serge, toda contente:

-" Sabes, esta tarde houve muita festa cá em casa com os três! No meio de tudo aquilo, antes que o desespero tomasse conta de mim, comecei a rir à gargalhada à frente deles. Afinal, eles estavam só a brincar. Até parece que já me esqueci o que é ser criança! Eles ficaram a olhar para mim e começaram a rir também, eu só pensava: " Estas são as minhas prendas para ti, Senhor, permanecer na alegria, não deixar que o meu coração se perturbe, permanecer no teu Amor..."

Enquanto faço limpezas grandes lá em casa com os três, limpando móveis, o frigorífico, tirando o gelo ao congelador, fazendo o que tenho a fazer, o Senhor tem dito ao meu coração: " Tens tarefas a realizar, realiza-as o melhor que sabes. Mas lembra-te: o teu pensamento deve estar sempre em Mim, voltado para Mim, pede-me ajuda, deseja consolar-me com os teus sacrifícios."
 É assim, que se edifica uma grande Aldeia. Realizar as tarefas mais simples que Deus nos traz em cada dia como o trabalho, a lida da casa, ou o cuidar dos filhos, a família mas  sempre com o pensamento no Senhor.

Para escrever este post, tive mil e uma paragens pelo caminho, a Sofia a puxar-me, o Gabriel e a Clarinha a pedirem-me para ir buscar o avião de papel que aterrou do outro lado da estrada, fora do portão, enfim... O importante é que o post está cá e é dedicado a todos vocês. Se valeu os sacrifícios? Não tenho dúvidas!

Abençoados obstáculos, fracassos, dificuldades, trabalho que tenho na minha vida! Oferece-os com Amor ao Senhor e sei que são o combustível para edificar a Aldeia de Caná de Proença-a-Nova! 
É tudo o que tenho para oferecer: a minha vida. 
Se não formos nós os primeiros a oferecer ao Senhor os nossos sacrifícios, será que alguém se ofertará para o fazer no nosso lugar?