segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Crescer no Amor

Passados dois anos cá estamos de novo. A nossa família cresceu não só em quantidade mas também em experiências com outras famílias. A mais pequenina da família chama-se Miriam.  O Gabriel está com 11 anos, a Clarinha com 7 anos, a Sofia com 4 anos e a Miriam com 1 ano.

A nossa oração familiar diária também foi crescendo, muitas vezes é barulhenta com música e dança das pequenas, ou com a interrupção dos mais velhos porque queriam agradecer mais alguma coisa ou simplesmente com a mistura do cansaço e choro da Miriam. Outras vezes, é mais silenciosa com os pequenos aninhados no nosso colo...

Rezar em família é sem dúvida o ponto essencial no crescimento e fortalecimento da família. Sem oração não há crescimento espiritual, não há intimidade com Deus, não há a graça do Espírito Santo, nem Nossa Senhora consegue realizar grandes obras na nossa vida... sem oração somos estéreis no Amor. Através deste simples gesto, reunir a família e falar com Deus: agradecendo, rezando, dançando, cantando, pedindo, suplicando... Deus vai operando na nossa vida.
Nos tempos em que vivemos, mais do que nunca, a família que não reza fica vulnerável a tudo, especialmente ao resfriamento no Amor, que é a causa inicial que leva a todos os males na família. Só quem reza recebe a graça e a presença do Espírito de Deus, e como eu digo cá em casa: " Só o Espírito Santo nos pode trazer a paz, a alegria e a sabedoria" para cada dia.

Se querem a vossa família unida, com paz, alegria e sabedoria, mesmo no meio das dificuldades, rezem, rezem sempre. Rezar  não é uma questão de sentimento, se tenho vontade ou se estou simplesmente aflito com um problema. Rezar é muito mais do que isso, é estabelecer uma aliança de união e amor com  Deus, é desejar caminhar lado a lado e em tudo depender Dele, seja no sofrimento como na alegria. Sempre que rezamos crescemos um pouco no Amor.

Há dias em que me parece que tudo é muito complicado e pintado de cinzento mas quando me apercebo, volto o meu olhar para Deus e rezo. A maior parte  deste cinzento desvalece e fica sem importância. Com a oração Deus ilumina a nossa maneira de ver as coisas, de lidar com elas. É isso que faz a diferença.

Pode parecer muito difícil rezar o terço todos os dias com crianças mas eu fico espantada com aquilo que Nossa senhora realiza nos seus corações através do nosso esforço para o fazermos diariamente. É mesmo Deus que realiza tudo em nós. Se nos esforçarmos verdadeiramente, Maria derrama abundantes graças. Só sabe quem experimenta, temos de arriscar sempre um bocadinho mais...

Das coisas mais maravilhosas que temos feito ultimamente é rezar com outras famílias. Como é maravilhoso rezarmos todos juntos, vermos os nossos filhos rezarem o terço com os seus amigos.
Que testemunho mais belo de catequese, que união, que partilha!

Muitas vezes medito: porque há famílias que têm fé e facilidade para acolher Deus e outras tão fechadas? Porque uns têm o dom da fé e outros não?

A fé é um dom. É um dom que Deus concede gratuitamente mas Ele quer que façamos parte desta graça. Quem reza e tem fé acaba por se achar abençoado e especial, achando que a sua conversão mais profunda de fé é devida apenas aos seus esforços humanos. Eu acredito sinceramente que, cada família hoje que tem fé e reza é fruto da oração, sacrifício e intercessão de outra pessoa seja aqui na terra ou no céu. Sempre que alguém se sacrifica, dobra o joelho, reza, é obediente e agradável a Deus está a abençoar muitas pessoas à sua volta. E Deus concede o dom da fé e a conversão.
Só no céu saberei quem intercedeu e alcançou as graças para que a minha alma não se perdesse. E sinto muita gratidão por este gesto de amor no qual fui alcançada. Se Deus me concedeu a mim o dom da fé e eu vejo os seus frutos,como posso não me esforçar para que mais e mais famílias possam receber as mesmas graças e serem igualmente abençoadas como eu sou? Se há muitas famílias sem o dom da fé e perdidas a responsabilidade é minha, é vossa! Há muito poucas pessoas que rezam com o coração e se sacrificam é por isso que há tanta falta de fé....Deus quer alcançar todas as famílias mas precisa da vossa oração, sacrifício, da vossa presença generosa para ir buscar quem está nas periferias, longe do Amor de Deus! 

Ser família de Caná é este estilo de vida familiar onde procuramos crescer em família mas também crescer entre famílias na partilha do Amor de Deus.

O fim-de-semana de Carnaval foi exemplo desta partilha na oração, brincadeira, união. Recebemos  a nossa querida familia Atalaia. Os momentos foram maravilhosos e falarei deles noutro post. Aqui ficam algumas fotos e o testemunho deles:






"No fim de semana de carnaval rumámos até ao norte e depois de cerca de 200km chegámos à casa dos nossos queridos amigos Almeida!
A alegria de estarmos juntos era imensa. Entre todos, dos pequenos aos maiores, todos nós, saboreámos a amizade. Fomos tão bem acolhidos, que nos sentíamos em casa!
E as experiências que partilhámos, o que aprendemos! Visitámos animais da quinta (os patinhos, as cabritas, os coelhinhos), as crianças tiveram a experiência de ordenhar e fazer queijo fresco! De apanhar laranjas da árvore, brincar até mais não!
Ao serão, cantámos e louvámos a Deus, rezámos o terço e de seguida, com o cansaço do dia, ninguém hesitou em ir para a cama!
No domingo, fomos à Missa na paróquia de Cardigos e mais uma vez sentimos a alegria de sermos irmãos! O pároco com delicadeza e uma sensibilidade tocante cumprimentou as crianças, deu-nos as boas vindas com alegria e sentimos que ser cristão, independentemente da paróquia, do movimento, é ser irmão acima de tudo. Como é bom tantos e diferentes irmãos, com diferentes talentos!
Depois da Missa, seguiu-se um encontro com as famílias da catequese, do volume em que a Rute é catequista. Só pudemos agradecer o convite a participar. Era dia de N. Sra de Lourdes, ouvimos a história da Santa Bernardette e partilhámos a oração. E, ainda aprendi uma canção nova que já fez sucesso cá em casa, e no volume da catequese onde sou catequista.
Tanto nos é oferecido, quando nos dispomos apenas… a sair do sofá! "

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