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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Semana da leitura e os Santos pastorinhos de Fátima

Como tem acontecido em anos anteriores, a Semana da leitura está a decorrer na escola. E tal como nos anos anteriores tive o privilégio de ser convidada a contar uma história para os meninos do Infantário e do 1ºciclo . Ainda se lembram da primeira história que contei? ou desta? 
Mal recebi o convite pensei logo em levar um livro de histórias que fizesse sucesso cá em casa, depois das histórias da Bíblia, a história de santos são sempre a minha opção.

A Clarinha e a Sofia gostam muito dos episódios da vida de Lúcia quando ela era pequenina, principalmente dos disparates que fazia com muita inocência e as aprendizagem que a mãe lhe ensinava. Sim, foram os episódios dos disparates inocentes que fazia que contei às crianças e falei muita da importância de dizer sempre a verdade. O mais engraçado disto tudo é que o meu dia de contar história calhou mesmo no dia de Santa Jacinta e Francisco Marto. É claro que aproveitei para falar também deles e de como era a vida no campo e na família. Foi muito bom!
A professora desafiou-os a partilharem disparates que tenham feito e se ao reconhecerem-nos foram capazes de pedir desculpa e contar sempre a verdade. Foi muito engraçado!
Para terminar tinha levado uma imagem dos três pastorinhos e de Nossa Senhora para eles colorirem.
Aqui fica o livro. Vale a pena partilhar!

                                        Lúcia - A Vida da Pastorinha de Fátima

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Crescer no Amor

Passados dois anos cá estamos de novo. A nossa família cresceu não só em quantidade mas também em experiências com outras famílias. A mais pequenina da família chama-se Miriam.  O Gabriel está com 11 anos, a Clarinha com 7 anos, a Sofia com 4 anos e a Miriam com 1 ano.

A nossa oração familiar diária também foi crescendo, muitas vezes é barulhenta com música e dança das pequenas, ou com a interrupção dos mais velhos porque queriam agradecer mais alguma coisa ou simplesmente com a mistura do cansaço e choro da Miriam. Outras vezes, é mais silenciosa com os pequenos aninhados no nosso colo...

Rezar em família é sem dúvida o ponto essencial no crescimento e fortalecimento da família. Sem oração não há crescimento espiritual, não há intimidade com Deus, não há a graça do Espírito Santo, nem Nossa Senhora consegue realizar grandes obras na nossa vida... sem oração somos estéreis no Amor. Através deste simples gesto, reunir a família e falar com Deus: agradecendo, rezando, dançando, cantando, pedindo, suplicando... Deus vai operando na nossa vida.
Nos tempos em que vivemos, mais do que nunca, a família que não reza fica vulnerável a tudo, especialmente ao resfriamento no Amor, que é a causa inicial que leva a todos os males na família. Só quem reza recebe a graça e a presença do Espírito de Deus, e como eu digo cá em casa: " Só o Espírito Santo nos pode trazer a paz, a alegria e a sabedoria" para cada dia.

Se querem a vossa família unida, com paz, alegria e sabedoria, mesmo no meio das dificuldades, rezem, rezem sempre. Rezar  não é uma questão de sentimento, se tenho vontade ou se estou simplesmente aflito com um problema. Rezar é muito mais do que isso, é estabelecer uma aliança de união e amor com  Deus, é desejar caminhar lado a lado e em tudo depender Dele, seja no sofrimento como na alegria. Sempre que rezamos crescemos um pouco no Amor.

Há dias em que me parece que tudo é muito complicado e pintado de cinzento mas quando me apercebo, volto o meu olhar para Deus e rezo. A maior parte  deste cinzento desvalece e fica sem importância. Com a oração Deus ilumina a nossa maneira de ver as coisas, de lidar com elas. É isso que faz a diferença.

Pode parecer muito difícil rezar o terço todos os dias com crianças mas eu fico espantada com aquilo que Nossa senhora realiza nos seus corações através do nosso esforço para o fazermos diariamente. É mesmo Deus que realiza tudo em nós. Se nos esforçarmos verdadeiramente, Maria derrama abundantes graças. Só sabe quem experimenta, temos de arriscar sempre um bocadinho mais...

Das coisas mais maravilhosas que temos feito ultimamente é rezar com outras famílias. Como é maravilhoso rezarmos todos juntos, vermos os nossos filhos rezarem o terço com os seus amigos.
Que testemunho mais belo de catequese, que união, que partilha!

Muitas vezes medito: porque há famílias que têm fé e facilidade para acolher Deus e outras tão fechadas? Porque uns têm o dom da fé e outros não?

A fé é um dom. É um dom que Deus concede gratuitamente mas Ele quer que façamos parte desta graça. Quem reza e tem fé acaba por se achar abençoado e especial, achando que a sua conversão mais profunda de fé é devida apenas aos seus esforços humanos. Eu acredito sinceramente que, cada família hoje que tem fé e reza é fruto da oração, sacrifício e intercessão de outra pessoa seja aqui na terra ou no céu. Sempre que alguém se sacrifica, dobra o joelho, reza, é obediente e agradável a Deus está a abençoar muitas pessoas à sua volta. E Deus concede o dom da fé e a conversão.
Só no céu saberei quem intercedeu e alcançou as graças para que a minha alma não se perdesse. E sinto muita gratidão por este gesto de amor no qual fui alcançada. Se Deus me concedeu a mim o dom da fé e eu vejo os seus frutos,como posso não me esforçar para que mais e mais famílias possam receber as mesmas graças e serem igualmente abençoadas como eu sou? Se há muitas famílias sem o dom da fé e perdidas a responsabilidade é minha, é vossa! Há muito poucas pessoas que rezam com o coração e se sacrificam é por isso que há tanta falta de fé....Deus quer alcançar todas as famílias mas precisa da vossa oração, sacrifício, da vossa presença generosa para ir buscar quem está nas periferias, longe do Amor de Deus! 

Ser família de Caná é este estilo de vida familiar onde procuramos crescer em família mas também crescer entre famílias na partilha do Amor de Deus.

O fim-de-semana de Carnaval foi exemplo desta partilha na oração, brincadeira, união. Recebemos  a nossa querida familia Atalaia. Os momentos foram maravilhosos e falarei deles noutro post. Aqui ficam algumas fotos e o testemunho deles:






"No fim de semana de carnaval rumámos até ao norte e depois de cerca de 200km chegámos à casa dos nossos queridos amigos Almeida!
A alegria de estarmos juntos era imensa. Entre todos, dos pequenos aos maiores, todos nós, saboreámos a amizade. Fomos tão bem acolhidos, que nos sentíamos em casa!
E as experiências que partilhámos, o que aprendemos! Visitámos animais da quinta (os patinhos, as cabritas, os coelhinhos), as crianças tiveram a experiência de ordenhar e fazer queijo fresco! De apanhar laranjas da árvore, brincar até mais não!
Ao serão, cantámos e louvámos a Deus, rezámos o terço e de seguida, com o cansaço do dia, ninguém hesitou em ir para a cama!
No domingo, fomos à Missa na paróquia de Cardigos e mais uma vez sentimos a alegria de sermos irmãos! O pároco com delicadeza e uma sensibilidade tocante cumprimentou as crianças, deu-nos as boas vindas com alegria e sentimos que ser cristão, independentemente da paróquia, do movimento, é ser irmão acima de tudo. Como é bom tantos e diferentes irmãos, com diferentes talentos!
Depois da Missa, seguiu-se um encontro com as famílias da catequese, do volume em que a Rute é catequista. Só pudemos agradecer o convite a participar. Era dia de N. Sra de Lourdes, ouvimos a história da Santa Bernardette e partilhámos a oração. E, ainda aprendi uma canção nova que já fez sucesso cá em casa, e no volume da catequese onde sou catequista.
Tanto nos é oferecido, quando nos dispomos apenas… a sair do sofá! "

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A dor e alegria na Quaresma

Os dias de chuva têm sido muito bem aproveitados, o Gabriel adora as suas experiências...


A Clarinha e a Sofia as suas pinturas e brincar com os bebés...



Ou então pegarem nos patinhos bebés...


ou visitar as cabritas que já nasceram...



 Temos dedicado mais tempo à palavra e Deus em família e os nossos serões são cada vez mais divertidos com jogos que todos participam. Para mim, mesmo no meio de dificuldades, preciso de encontrar todos os dias momentos de partilha e alegria em família, momentos em que nos divertimos. 


Dias antes do início da Quaresma, contemplávamos no canto de oração e eu meditava na dor e na alegria da cruz. Não há verdadeira alegria que não tenha sido gerada com alguma dor e não há dor que não venha para nos mostrar uma nova alegria, um novo caminho a seguir para nos tornar melhores. Isto acontece em tudo na nossa vida. A alegria e dor são inseparáveis e é preciso amá-las para seguir o Senhor. Alegria sem alguma dor é passageira, não criou raízes no nosso coração. E se vivemos a dor, fechados em nós mesmos e não nos agarramos à alegria das promessas de Cristo, perdemos uma grande oportunidade de descobrirmos uma alegria e força que o Senhor nos quer mostrar. Os verdadeiros momentos de alegria que o Senhor me mostra na minha vida surgem não por sorte, mas com o meu esforço, com a minha entrega e alguma dor em alcançá-los. Se amamos e o nosso amor não nos causa alguma dor, sacrifício e esquecimento de si é porque o nosso amor ainda não é maduro. Toda a mãe sabe não há coisa mais bela que ter um filho nos braços e vê-lo crescer, mas por detrás dessa grande alegria há muito trabalho, noites sem dormir, sacrifícios. Mas que peso tem tudo isso relativamente à alegria da sua presença?  



Nesta Quaresma quero mergulhar na alegria da nossa salvação, fruto da entrega, do amor e sofrimento do Senhor na sua paixão na Cruz. Quero ser o rosto alegre de Cristo e viver sem medo as dores da vida compreendendo que não há dor sem alegria.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A Palavra de Deus

Este ano o Gabriel está no 4ºano da catequese. A Festa da palavra na nova paróquia foi logo no início do ano onde todos os meninos receberam a sua Bíblia. No final da celebração fui cumprimentar o padre Paulino, o sacerdote nosso amigo que celebrou a missa e entregou as Bíblias. Pedi-lhe que escrevesse algumas palavras para o Gabriel e assinasse para recordação. 

-" Ainda te lembras da promessa que fizeste na missa?"- perguntou-lhe. Ele acenou com a cabeça.
-" A Bíblia não é para ficar na prateleira como ornamento e ganhar pó,  mas sim para ser aberta todos os dias um pouquinho e ouvirmos o que  Jesus tem para nos falar...."

Cá em casa há algumas Bíblias, mas quando ele recebeu a sua começou logo a explorar os mapas das viagens de São Paulo e todos os anexos no fim da mesma e fazia muitas perguntas. Além de ele pegar na Bíblia para a explorar e ler sozinho, desde então, depois das manas mais novas se deitarem ficamos mais um pouquinho meditando as leituras do dia e o salmo. Tem sido muito bom, pois tem sido uma disciplina também para mim. É impressionante como a Palavra de Deus responde, orienta e ilumina o nosso caminho quando temos que tomar decisões e educar os nossos filhos. O que seria de mim sem a Palavra de Deus? Sem a sua orientação? Nela encontro as raízes da minha esperança e alegria!




Sim, este é um grande tesouro! Eu sei que se os meus filhos caminharem segundo a Palavra de Deus encontrarão a verdadeira felicidade e a consolação e socorro de Deus nas dificuldades...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Maria

Todos os dias marianos são vividos em clima de festa cá em casa e com o pensamento em Maria, nossa mãe celeste. Na Solenidade  de Santa Maria Mãe de Deus, os pequenos quiseram fazer pãezinhos de queijo e cantar para Maria. Depois da nossa oração familiar todos queriam acender a vela...



Por fim um beijo. Nem mesmo o Gabriel que estava cheio de febre quis ficar de fora e agradecer a Deus todas as coisas boas que Ele tem-nos dado. 


A luz esteve acesa e nos lembrava a verdadeira luz do mundo... O Senhor que nos abençoava:

"O Senhor disse a Moisés:
Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo:
'O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável.
O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz'.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei."
Nm 6, 22-27

domingo, 29 de novembro de 2015

O nosso sexto encontro de famílias em Proença-a-Nova/ Famílias de Caná

O Gabriel e a Clarinha estavam cheios de saudades do padre Paco e do Seminário do Preciosíssimo Sangue em Proença onde fizeram muitos novos amigos pelos Encontros com as famílias. Este domingo estivemos juntos diante do sacrário da capelinha do Seminário em oração. Depois de cânticos e de cada um agradecer a Deus, lemos a Palavra de Deus - Act 3. Depois de meditarmos, as crianças sentadas num tapete junto de nós faziam desenhos para colocar aos pés do Sacrário, e alternadamente participavam na recitação do terço. Ao rezarmos os Mistérios Gloriosos diante do sacrário pedimos por todas as famílias que não puderam estar presentes, pelos sacerdotes, pelas nossas comunidades e paróquias e pela paz no mundo.



A Aldeia de Caná  será chamada Aldeia de Caná: São Gaspar Del Búfalo, de Proença-a-Nova. São Gaspar foi o fundador dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, ardoroso apóstolo da devoção do Precioso Sangue de Jesus, levou o amor de Deus ao povo da periferia de Roma e alcançou muitas graças. Pedimos a sua intersecção nos encontros para que abençoe os sacerdotes e lhes devolva o ardor missionário de "fazer tudo o que Jesus nos disser" e pelas famílias que sintam a missão de viver o evangelho, de não terem medo de dar testemunho e de ir ao encontro das periferias, daqueles que estão mais afastados da vivência e da prática dos sacramentos. 



As fotos são escassas. pois estive muito concentrada na recitação do terço. No fim, as crianças mostraram-nos os seus desenhos e explicaram o que tinham feito. De mãos dadas, cantámos e agradecemos. O lanche seguiu-se apressadamente pois todos queriam ir ter com o padre Paco e visitar os animais do seminário.
 As galinhas passeavam alegremente no campo...



O Gabriel e a Clarinha a colocarem milho partido para as galinhas... 




Vejam os ovos...


As crianças andavam de um lado para o outro todas contentes.


Obrigada Senhor, por estes momentos de oração, partilha, alegria, pelo apoio e presença do Padre Paco, por nos sentirmos família nesta grande família que é a Igreja. Obrigada Senhor, por todas as famílias de Caná espalhadas pelo nosso país. Eu te peço Senhor, abençoa-as em nome do pai, do Filho e do Espirito Santo. Ámen.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O nosso dia especial de Todos os Santos

Há um dia do ano muito aguardado pelos mais pequenos lá de casa: o dia de Todos os Santos. Durante o ano inteiro se ouvem conversas do que se passou no último Dia de todos os Santos. Pelo menos, é o que tem acontecido desde que estamos na casa da Paz,  há 6 anos. Este é um dia também nosso, também nós nos sentimos próximos  deste grupo de irmãos mais velhos, somos família de todos os santos e caminhamos para lá.  Durante o ano inteiro, recorremos a eles com confiança nas nossas dificuldades, suplicamos a sua intercessão diante do Senhor. 

O dia é sempre vivido na Aldeia com muita alegria e entusiasmo, é um dia para darmos abraços, sorrisos, para agradecermos, para visitarmos quem está só e ouvirmos os desabafos de quem já tem idade e só espera o dia de ser chamado pelo Senhor. É um dia inteiramente missionário, ir à casa dos outros, levar alegria.  
"Só espero que para o ano ainda cá esteja para vos dar os bolinhos." " É para mim uma alegria, ver os sorrisos destas crianças",  eram os desabafos de alguns que abriam a porta. 

Este ano os mais pequenos não se cansavam de me lembrar: " Mamã, falta muito para o Dia de todos os Santos?" " Não te esqueças, que temos de estar na casa da Paz no dia dos Bolinhos!"
Os mais pequenos não quiseram faltar. De manhã cedo, estivemos em Cardigos, o Gabriel e a Clarinha, avistaram logo alguns colegas da escola. Em grupo, andámos umas 2 horas sem parar de casa em casa. As crianças levavam uma sacola na mão, batiam na porta de cada casa e cantavam em coro: "Bolinhos, bolinhos em honra e louvor de todos os santinhos!". Do outro lado da porta surgia sempre alguém sorridente com uma mão cheia de rebuçados, bolinhos e uma moeda para oferecer. Com as mãos estendidas e os sacos abertos agradeciam e saiam apressadamente para outra casa. Alguém lembrava: " Não podemos nos atrasar, aproxima-se a hora da missa!"

 

Em pouco tempo chegou a hora da missa. Segredei ao ouvido do Gabriel e da Clarinha: " A bisavó deve estar hoje no altar". Sorri. Sim, não só os santos reconhecidos pela Igreja estavam junto de nós mas também muitos familiares nossos que deram testemunho de Cristo estavam diante de nós no altar naquele instante.

Da parte da tarde, andei eu com os três a pedir os bolinhos pela nossa Aldeia. Gostei muito de conversar com quem nos abria a porta, sempre que cantávamos: " Bolinhos, bolinhos em honra e louvor de todos os santinhos!" Andavam todos tão contentes...









Ainda houve magusto ao fim do dia e ao olharmos para o céu cinzento, ainda apanhámos umas gotinhas de água benta que caia do céu...

Ao serão, ouvimos histórias. Tinha-os desafiado a escolherem um Santo, a mascarem-se e a ouvirmos a história sobre o Santo escolhido.

A Clarinha não hesitou:
- " Eu sou a Santa Filomena. Contas a história dela?" A Santa Filomena está muito presente na nossa casa. Já recorri muitas vezes a ela e sinto a sua protecção. A Clarinha já algum tempo usa o cordão de Santa Filomena e não o larga. Já lhe contei vezes sem conta a sua história e ela nunca se cansa de ouvir.

O Gabriel tinha um fato de cavaleiro do carnaval e disse:
- " Posso ser aquele santo...."
-" São Nuno Álvares Pereira ou São Nuno de Santa Maria?"
-" Sim!"

-"A Sofia é Santa Bárbara."- disse-lhes.
-" Venham ver no computador quem é. Sabem, não se ouve falar muito de Santa Bárbara, vamos conhecer um pouco dela. Sabem, um dia, eu pedi-lhe ajuda. Já não me lembro muito bem em que altura do ano estavámos mas eu estava muito triste e disse-lhe mais ou menos assim: " Santa Bárbara,  não me deixes ficar sem o sacramento da reconciliação nesta altura tão importante. Ajuda-me. Os sacerdotes aqui são poucos ajuda-me a conseguir confessar-me. Passado pouco tempo cruzei-me com um sacerdote. Fiquei muito feliz."
  
Estávamos muito cansados da longa maratona que tínhamos feito, mas felizes. Eles adormeceram em segundos a ouvir-me rezar o terço...

sábado, 31 de outubro de 2015

A santa Missa e a confissão

Quarta-feira passada pelas 19h estávamos a entrar no carro para juntos irmos à missa.Quinta-feira tínhamos famílias em nossa casa, ainda tinha que orientar o almoço para o dia seguinte. A cozinha ainda não estava arrumada, confesso que também é tarde para regularmente ir à missa com crianças. Na verdade, apetecia-me era ir descansar e ir direitinho para a cama. Mas, não... Esqueci-me de mim por um bocado e vesti os pequenos. O Serge ainda me disse: " Ainda tens tanta coisa para fazer..." e fez-me aquele olhar. Mas, não... esqueci de tudo por um momento e troquei de roupa também. Eu sabia que só havia uma maneira de eu ganhar o dia e de ganhar a alegria que precisava para caminhar naquele momento: a Santa missa e a confissão.
Durante a curta viagem de carro, fizemos a nossa oração como o costume e pedi: Senhor, ajuda-nos a estarmos atentos na missa e a receber todas as graças que queres derramar sobre nós. 
A Sofia estava tranquila no colo e o Gabriel esteve atento ( segredei-lhe ao ouvido ao entrar: " Está atento às leituras, no fim vamos fazer perguntas."). Tive a sensação que a missa terminou muito rápido, queria estar mais tempo ali, mas logo me lembrei do cenário lá em casa. Apressei-me a falar com o prior da nossa paróquia, que tinha celebrado a missa. Tive oportunidade de me apresentar como nossa catequista na nossa comunidade ( este ano vou dar o 1º/2º ano) e lhe falar da catequese familiar, dos Mistérios da Fé e das famílias de Caná. Que conversa boa!
- " Mas aqui está a faltar um!"
-" Sim, é a menina do meio, a Clarinha. Ela foi passar o dia e esta noite na casa de uma amiga das famílias com quem caminhamos juntos"- Sorri.
Passados uns segundos, numa cadeirinha junto do Santíssimo, confessei-me e pedi perdão a Deus das minhas fraquezas.
Pode parecer que tudo demorou uma eternidade, mas na verdade foi tudo bem rápido e o meu coração estava cheio. Voltei para casa cheia de alegria e muito leve. O Serge disse-me: " Não te preocupes, amanhã ajudo-te a limpar isto tudo, vem já descansar." Eu sorri-lhe e disse: "Estou ótima! vou ficar mais um pouquinho e depois vou ter contigo." Não sei como aquilo aconteceu em tão pouco tempo, mas não só deixei a cozinha arrumadinha, como também cozinhei o almoço e fiz uma tarte de maçã. Deitei-me e ainda não era tão tarde e dormi muito feliz. " Ganhei o dia, mais uma vez!", pensei em voz alta...


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Juntos em Aldeia

A Clarinha já andava cheia de saudades do Gaspar.
-" Mamã, quando vamos a casa do Gaspar?"
-" No próximo Domingo, temos encontro com as famílias de Caná na Aldeia da Abóboda."
-" É retiro, convívio ou missa?" Perguntou o Gabriel para se orientar com o programa.
- " Vamos rezar juntos. Nos encontros das Aldeias de Caná, as famílias encontram-se para rezar juntas. Claro, que também tens um convívio e lanchinho no fim!" Sorri-lhe.

No domingo de manhã, a Clarinha ficou ainda mais contente. Iriamos almoçar juntos na casa do Gaspar, brincar, ver livros e conversar antes do encontro. A missa não a podemos partilhar porque na nossa nova paróquia temos a catequese ao domingo e logo em seguida a missa com os catequistas e os meninos na fila da frente. 
Depois do almoço, de muita conversa, brincadeira, lá fomos todos animados rumo à Igreja de Nossa Senhora da Conceição na Abóboda. Além da nossa família e da família do João e da Sónia, o padre Miguel esteve lá e tivemos a graça de mais duas famílias partilharem aqueles momentos de oração.
O Serge ainda tocou viola ao lado do João algumas músicas e todos cantávamos. Seguindo os Mistérios da Fé, percorrendo do Antigo ao Novo testamento, a palavra Alegria esteve presente no meio da nossa oração.


 O João convidou-nos a fazermos com as crianças uma pagela para colocar no nosso canto de oração,  "Deus sorriu-me", e o desenho dos mais pequenos contando de que forma Deus nos tem feito sorrir. 

Esta foi a pagela que a Clarinha fez ao meu colo. Toda contente explicou em voz alta para as famílias, que estava muito contente com os trabalhinhos que tem feito com a mamã na sua secretária e que Jesus está sempre presente. Ela desenhou Jesus com um florinha atrás da secretária e escreveu a palavra Alegria.


O Gabriel desenhou todos nós a sorrir dentro da cruz de Jesus e embaixo todos juntos voltados para o centro, a luz luminosa que representa Jesus. Ficaram muito giras as pagelas, não concordam?



Rezámos o Magnificat, a consagração a Nossa Senhora e os Mistérios do terço.
Houve tempo para os mais pequenos brincarem um pouco e a Clarinha deliciou-se ao a ouvir histórias contadas pelo Daniel.



A Sónia deixou o desafio de cada encontro ser preparado por uma família diferente. Todos temos maneiras diferentes de rezar e de se expressar e isso pode ser uma forma de nos enriquecermos como grupo.
Dia 15 de Novembro, somos nós a preparar o encontro. 
Haverá por aí alguma família de Caná que se queira juntar a nós?


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

As mudanças, as famílias e a alegria II

Com a mudança de casa surge naturalmente a mudança de paróquia. Nas primeiras vezes que assisti à missa na nova paróquia reparei no sorriso acolhedor de quem cantava o Salmo. A Lúcia é mãe de uma família muito especial com uma menina da idade da Clarinha chamada Inês. Não pensei duas vezes. No final da missa fui ao encontro dela e apresentei-me. Depois virei-me para a Clarinha:

-" Olha Clarinha, está ali uma menina da tua idade!"- sorri- " Vamos perguntar-lhe o nome?"
-" Ah, é Inês! Olá Inês, está é a Clarinha" A Clarinha deu um pulo de alegria e depois escondeu-se. Ambas sorriram.
-" Moram aqui perto?" perguntei-lhes. E a conversa desenrolou-se rapidamente. Fiquei com o contato dela e passado pouco tempo envio-lhe uma mensagem com o link do meu blog e a falar da vivência das Famílias de Caná. Mas que grande sintonia eu senti da parte deles.
Na última missa ao sairmos juntos da Igreja, olho para a Lúcia e pergunto-lhe:

-" Querem passar na nossa casa? Podemos falar um pouco e as pequenas brincam juntas?" 

Foi um convite meio maluco, principalmente porque estávamos perto da hora do almoço, não tinha preparado nada, a sala nem estava bem arrumada e ainda não os conhecia bem. Mas eu não queria perder aquela oportunidade mágica de estarem todos juntos nem que fosse por uns segundos. Eles aceitaram e sorriram. Pensei para comigo: "Gosto de famílias assim, abertas, dispostas a acolher!"
O Serge ao abrir a porta foi tirando alguns brinquedos do chão e disse:

-" Não reparem na sala, estamos a arrumar as coisas para viajarmos!"
-" Esquece lá isso, não importa." disse-lhe " O importante é falarmos um pouquinho. Que bom estarem aqui!"

A Clarinha e o Gabriel andavam aos saltos de contentes e levaram a Inês para brincar no quarto. Enquanto falávamos, ouvíamos os gritinhos e os pulos de felicidade dos mais pequenos lá em cima, a brincarem às escondidas. Que alegria!

Enquanto eu falava, o Serge só dizia:

- " Rute, fala mais devagar..."
- " Bom,..." dizia eu " Vocês já devem ter reparado que eu sou bastante animada quando o assunto é unir as famílias e falar da fé, e além disso estou mesmo muito feliz de estarmos juntos. Agora  já sabem onde moramos. Temos mesmo que combinar uma refeição juntos!" 

Foi mesmo bom aquele tempinho que estivemos juntos!
Ao irem embora, a Clarinha pedia:
-" Mamã, a Inês pode voltar à tarde para brincar connosco?"
-" Hoje à tarde não pode ser, pois vamos para a casa da Paz, mas ela irá voltar noutro dia de certeza!"

A alegria entre famílias são estas coisas simples, muitas vezes sem nenhuma preparação, aqueles momentos em que estamos  atentos aos sinais do próximo. Aqueles momentos de partilha de coisas boas mas também muitas vezes a partilha de dificuldades, obstáculos e da dor. Aquela batalha de dor individual e familiar que  muitas vezes  ao longo da conversa e da presença juntos se converte em alegria verdadeira que nos possibilita ver o horizonte de Deus. 

Será que Deus nos mostra soluções ou de como aliviar a vida de outra família? Só conseguimos responder se estivermos atentos...


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

As mudanças, as famílias e a alegria

Já estava cheia de saudades de escrever. Como devem imaginar, tenho muitas novidades para vos contar deste período em que estive mais ausente da escrita mas em que todos vocês estiverem bem presentes nas nossas orações. 
Vejo a escrita neste blog como uma missão, uma partilha que pode chegar longe e levar a alegria da presença do Senhor a mais famílias. Obrigado pelo carinho de todos aqueles que nos seguem e nos escrevem.

Temos vivido um período de muitas bênçãos, muitas mudanças e inicio de novos projetos.

Este ano por motivos do emprego do Serge, estaremos a viver na Capital. É claro, que irei, sempre que possível à nossa casa na aldeia. Apesar das saudades estamos muito felizes e gratos por esta oportunidade. Com a mudança de morada, temos sido muito abençoados com a presença de muitas  famílias no nosso dia-a-dia com quem temos partilhado momentos únicos, a fé e as coisas simples. Hoje elas fazem parte dos nossos corações e dão sentido àquilo que sempre acreditámos : a fé no Senhor é para ser vivida, experimentada, saboreada em comunidade. Mas como se faz isso?  Procurando viver os mandamentos e a lei de Deus indo ao encontro dos outros, de outras famílias. Há muitas famílias isoladas, atoladas de dificuldades e problemas. É preciso estar atento a quem está à nossa volta, abrir o nosso coração aos mínimos gestos. Há um amor imenso que o Senhor quer derramar nas nossas vidas se nos unirmos. Há coisas que só descobriremos acerca de Deus se sairmos do conforto da nossa família e das nossas preocupações e irmos ao encontro do próximo.

Esta partilha entre famílias tem sido muito enriquecedora para todos. A Clarinha e o Gabriel são os primeiros a pular de alegria sempre que estamos com amigos. São gestos simples: uma conversa, uma refeição partilhada, irmos juntos à santa Missa, a alegria de juntos fazemos a nossa oração familiar com outra família em nossa casa a agradecer também pelo dia. Algumas vezes, já fizemos a nossa oração familiar na casa de outra família e é uma alegria para os mais pequenos explorarem e observarem outros cantos de oração. Há pouco tempo, tivemos a graça de estar com uma família com três filhos. Depois do lanche e da animada partilha, antes de nos irmos embora, estivemos juntos no seu cantinho de oração, chamado "cantinho do silêncio" e agradecemos pelo dia. O espaço era muito acolhedor e tocou-me profundamente. Bem no centro, havia uma réplica de um sacrário e dentro tinham a Bíblia, o terço, orações. No início das primeiras comunidades cristãs, o Senhor era adorado em casa das famílias, em comunidade, naquele aconchego de família. Precisamos tanto desta intimidade entre famílias, nesta necessidade de juntos, com mais força sermos tocados pelo Senhor. Sim, desejo muitos momentos de adoração em comunhão com outras famílias!

Que alegria tão grande sermos convidados a estarmos presentes na vida sacramental de outras famílias! Assim aconteceu no batizado do António, filho da Ana e do Miguel. Foi uma alegria estarmos juntos nesta data tão especial para eles e em especial para o pequeno António.
As nossas orações e intenções do dia têm sido mais ricas desde que tivemos a honra de sermos padrinhos do Matias, filho da Sónia e do João Miranda. Foi uma cerimonia linda, celebrada pelo padre Miguel Ribeiro. O padrinho todo contente!



Lá em casa, as brincadeiras não faltam. Seja ao ar livre...

-" Gabriel, o que estão a brincar?"
-" Estamos a fazer papel reciclado, não vês mamã?"
- " Pois, claro...."


Seja em casa...

A nossa querida Sílvia, emprestou-nos um material que fez sucesso cá em casa. São trinta e quatro histórias da Bíblia do Novo Testamento, com cenários e personagens em papel para montar enquanto se ouve a história da Bíblia. Como falar de Jesus ao pequeninos, das edições Paulinas. Quando puder vou comprar, vale muito a pena.





 Mas o sucesso não foi só cá em casa. Durante o encontro em que a família Power deu testemunho da sua vida familiar na Igreja paroquial da Abóboda, as crianças divertiram-se muito com este material. Além da história do filho pródigo, também quiserem trabalhar a História das Bodas de Caná. Mas que belo casamento! Não faltou mesmo nada!

 




Foi tão bom escutar os ensinamentos da Teresa no retiro das familias de Caná na Quinta do Conde...


E ter uns minutos a sós com o Senhor...


Em setembro também foi o aniversário da Clarinha. No dia 24, depois de termos cantado os parabéns na escolinha dela fizemos a viagem de regresso à nossa nova morada. Já estava a escurecer quando tínhamos acabado de chegar.

-" E se convidássemos o João e a Sónia para cantarmos os parabéns à Clarinha e jantarmos juntos? O Gaspar iria adorar, não achas?" perguntou-me o Serge animado.
-" Boa! Se calhar já estão a jantar, mas não faz mal eles já sabem que somos meio malucos e fazermos coisas sem nenhuma antecedência, não é?" Olhámos um para o outro e rimos. Sim, é verdade! Não somos nada normais nestas coisas! Montamos a festa em três tempos e o mais importante é que estavámos juntos naquele momento...



As novidades não terminam aqui e continuam no próximo post...

                                 
( foto de David Costa, http://www.oliveoilstudio.com/, no batizado do António)

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Amar e crescer na fé

Por toda a parte ouvimos comentários pessimistas e de desânimo acerca de Portugal, da nossa sociedade  e do mundo em geral. Todos nós sabemos o que isso significa. Mas existe também uma realidade que é pouco falada, Portugal está a crescer na fé, apesar de muitos afirmarem o contrário. Há cada vez mais famílias a mudar a sua forma de viver e a desejar de todo o coração servir, levar a Palavra de Deus e levar esperança a outras famílias, há cada vez mais famílias a fazer a diferença, há cada vez mais famílias a sorrir, não porque não têm dificuldades mas sim porque o Amor de Deus entrou na sua casa e transformou o seu lar. Sim, e nada é mais poderoso que o Amor de Deus! Se tivermos o Amor de Deus no nosso lar, todas as dificuldades têm uma resposta, um sentido e nunca estaremos sós. Nossa Senhora em Fátima disse aos pastorinhos que em Portugal se conservaria sempre o dogma da fé. Que grande graça! Eu amo o nosso país, pois eu sinto que dele muitas sementes de esperança serão lançadas para o mundo inteiro! Eu amo o nosso país apesar das suas doenças que só Cristo pode curar. Se os outros não conseguem amar o nosso país porque só veem a sua doença sejamos nós a amá-lo e a oferecê-lo a Cristo para ser curado. Se queremos que o Senhor abençoe a nossa família e a nossa vida sejamos nós primeiro a abençoar a vida uns dos outros e a amar o nosso país, a terra santa que o Senhor nos ofereceu para semear a Palavra de Deus...


Eu sei que muitos passam por dificuldades, andam desanimados. É por vocês que o Senhor me convida a orar agora. Quando rezamos uns pelos outros nos sentimos irmãos e o Senhor pode transformar as nossas vidas. Orem também por mim.

Senhor, Tu conheces os corações de todos os teu filhos...
Pelo poder do teu Amor, toca a vida de todas estas famílias que me leem. Converte as suas vidas, enche-as de alegria e fé. Quebra o medo que as atormenta. O medo que as impede de serem felizes, de darem testemunho e de servirem. O medo que as engana e que não as deixa avançar.
Toca-as todas Senhor, mesmo aquelas que leem incrédulas ou na dúvida. Senhor, abro o meu coração para todas elas sem excepção.
Abençoa todas as pessoas que estas famílias trazem no coração e enche-as com a tua força.
Transforma todo o nosso país, Senhor. Enche-o de fé. Faz dele um jardim de famílias que Te console, que Te ame e Te sirva. Enche o lar destas famílias com o Teu Amor e a verdadeira alegria! Amem.



 Nada é mais forte que o Amor de Deus! Nada. Nada é mais poderoso na terra que a presença do Senhor na Eucaristia. Peço-vos que venham visitar o Senhor no sacrário, tantas graças ele quer derramar sobre nós...
Sempre que abrimos o coração ao Senhor devemos fazê-lo verdadeiramente, confiando que para Ele nada é impossível.