sexta-feira, 5 de junho de 2015

Corpus Christi e a alegria

Ontem a Igreja celebrou a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi, que acontece sempre na quinta-feira após a celebração da Festa da Santíssima Trindade ou 60 dias após a Páscoa. Infelizmente já não é feriado e nas nossas paróquia realiza-se a Festa no Domingo seguinte com procissão e o Santíssimo nas ruas...
Acredito que a Igreja não institui uma Festa só porque fica bem, mas sim com o intuito de nos dar forças, de nos fazer crescer na fé e de distribuir graças, que tanto precisamos na nossa caminhada em que tantas vezes caímos e desanimamos. 

Se repararem a Igreja é como uma mãe, dá-nos muitas oportunidades e ferramentas para nos unirmos a Deus e convida-nos, ao longo de todo o ano litúrgico, para muitas bodas, são as muitas celebrações ou festas destinadas a todos nós  pecadores que não deixamos de suplicar e confiar na graça de Deus para os nossos problemas. 
 Mas, se todos somos convidados a viver todas estas festas em comunidade e não comparecermos como podemos exigir ou reclamar com Deus  daquilo que não está bem na nossa vida ?

 Maria intercederá por nós, e pedirá a Jesus: " Falta-lhes o vinho! Esta família não pára de suplicar as Tua ajuda diante do Santíssimo!"
Queria fazer um apelo a todos vós, no próximo Domingo, não entrem na missa com cara triste, nem recebam a comunhão com a alma pesada, vivam com alegria esta grande Festa, na qual o Senhor vai ao nosso encontro até ao fim dos tempos e se faz nosso alimento físico e espiritual. Não tenham vergonha, nem preguiça de participar na procissão com alegria em que o Santíssimo percorre as ruas ...
Neste Domingo estarei em sintonia convosco e pedirei a Jesus muitas graças para todos nós.

Uma das coisas que mais me fascina na vida dos Santos é a alegria. Antes de ontem, depois de os mais pequenos estarem deitados, estive algum tempo a meditar sobre isso. Ao olhar para o canto de oração dos mais pequenos reparei que a Clarinha tinha preparado isto:


O cálice de madeira é o objeto mais concorrido para as brincadeiras no canto de oração deles. A Clarinha tinha enchido o cálice com pedaços de galete de milho e colocado um frasco de tinta vermelha, que ambos afirmam que é o sangue de Jesus. Ela deixou tudo como está na foto, incluindo as florinhas.

Quando chegaram da escola, disse-lhes: "Hoje a Igreja celebra um dia muito bonito, o dia em que nos alegramos por Jesus estar na hóstia para nos alimentar." A Clarinha acenou com a cabeça e foi brincar. Depois da nossa oração familiar, e ainda o Serge estava a tocar viola, ela foi buscar o cálice, puxou a Sofia pela mão, sentou-a no tapete e juntas começaram a comer as galetes de milho partilhando-as numa imensa alegria. Foi impossível não sorrir também...
Ao contemplar aquela simplicidade, aquele pequeno nada que representava a brincadeira delas, nesse instante o Senhor falou-me ao coração da verdadeira alegria. Aquela alegria, que não termina, que permanece mesmo quando tudo corre mal e que se multiplica quando partilhamos com os outros a presença do Senhor vivo, que se faz alimento e incendeia a nossa alma...





Por quanto tempo mais, Senhor, o meu coração será oscilante na alegria? Ora está alegre, ora se entristece. Eu escolho ser alegre, pois Tu caminhas comigo, mas só Te podes manifestar e realizar os Teus planos em mim se me encontrares alegre e grata por tudo! 



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