quinta-feira, 25 de junho de 2015

Estar atento à voz de Deus

Das primeiras coisas que faço quando acordo, ainda deitada na cama é invocar o Espírito Santo e pergunto: "Espírito Santo o que vamos fazer juntos hoje? Se não fizermos as coisas juntos, vou-me perder de certeza!"
Quando os mais pequenos acordam lembro-os sempre de dizer : " Bom dia Jesus! Bom dia Nossa Senhora!"
Apesar de estar em casa e ser responsável pelas tarefas diárias que se repetem vezes sem conta, cada dia é único, cada dia recebo uma inspiração nova e aprendo muitas coisas. Nunca sei ao certo o que vai acontecer, não sou muito de fazer muitos projetos ou de planear as coisas com muita antecedência e mesmo quando tenho que planear, estou sempre atenta a tudo aquilo que vou recebendo no meu coração. Procuro estar atenta a tudo o que acontece e perceber o que realmente Deus quer que eu faça. Para mim uma das coisas que me traz felicidade no meu dia-a-dia é esta atitude que eu peço sempre em oração: " Esvazia-me Senhor em cada dia, ajuda-me a ser leve, ajuda-me a não  ser esmagada pelo peso das preocupações, a não querer saber tudo, nem a controlar tudo, ajuda-me a estar presente em cada instante Contigo, não deixes que eu Te perca de vista enquanto faço as minhas tarefas,  para que Tu venhas e possas me encher da Tua vontade, com os Teus planos para mim. "
 Durante o dia enquanto o Serge trabalha fora, nós trabalhamos em equipa lá em casa.Trabalhamos para um bem comum que é ajudarmo-nos mutuamente nas tarefas.O Gabriel e a Clarinha fazem uma boa equipa e até brincam quem é o primeiro a acabar de arrumar os brinquedos todos. Quando todos colaboram há tempo para dançar, para passear, para fazer os trabalhos manuais que eles gostam.
É uma alegria ter três filhos lá em casa! Há muita brincadeira ao longo do dia, muita alegria, muita conversa e muitas vezes barulho... As brincadeiras em casa vão acontecendo naturalmente. Eles ficam muitas vezes  a brincar sozinhos na sala enquanto eu estou na cozinha que é ao lado ou no piso de cima e o Gabriel fica encarregue de manter a ordem e ver se está tudo bem. Deixei de ser uma mãe galinha para passar a ser uma mãe radar. Eu explico melhor, deixei de estar sempre em cima deles a observá-los e passei a só estar atenta aos perigos. Fora de perigos como a estrada e outros possíveis acidentes, deixo-os à vontade para explorarem, brincarem e resolverem os seus problemas e desafios. O meu radar só não deteta situações como estas...


Mas eu alegro-me, pois todos os dias tenho novas oportunidades para dar umas gargalhadas!

Às vezes há cantos de oração por todo o lado...


Quando estão sozinhos a brincar a sua criatividade voa alto. A Clarinha esteve a brincar às Famílias de Caná imaginem...



O Gabriel fica horas e horas a construir aviões, barcos e a imaginar coisas novas para construir...



Mais tarde, encontrei os três a fazer uma festa: com umas tiras de papel brincaram e brincaram...
Como é possível darem pulos de alegria com uma coisa tão simples e tão banal? Cá em casa,  descobrem-se sempre novos brinquedos todos os dias....



Depois de arrumarem a sala toda, lá colocam os bonés e brincam na terra, andam de bicicleta. Hoje, ao visitarmos os patinhos da minha mãe levámos a máquina fotográfica para tirarmos uma fotos. Não estão muito lindos e crescidos?





 Às vezes, Deus chama-nos a visitar os outros, a sair do nosso conforto e a dar um pouco do nosso tempo para ser a presença de Deus...

" Meninas, estão prontas para sair?"




quarta-feira, 24 de junho de 2015

A oração de Ana

A oração de Ana, mãe de Samuel é a minha inspiração de como orar ao Senhor. Ana era estéril e vivia amargurada pois queria ter filhos.

Em 1 Samuel 1, 10-12:

" Ana, profundamente amargurada, orou ao Senhor e chorou copiosas lágrimas. E fez um voto, dizendo: ' Senhor do Universo, se te dignares olhar para a aflição da tua serva e te lembrares de mim, se não te esqueceres da tua serva e lhe deres um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor, por todos os dias da sua vida, e a navalha não passará sobre a sua cabeça.' Ela repetiu muitas vezes a sua oração diante do Senhor"

Muitas pessoas repetem esta expressão: " Seja o que Deus quiser" no sentido de que não vale a pena pedir nada a Deus, ou " tanto faz", ou "Deus é capaz de ficar ofendido se eu lhe peço coisas". Não, Deus dirige sempre o Seu olhar para as almas que se incendeiam em pedidos de amor e se oferecem no seu pedido. Muitos têm problemas e dizem: ' Deus não me ouve nem se importa com o meu sofrimento.' Não é bem assim. Enquanto falarmos com Deus de uma forma morna ou pensando só em nós, eu não creio que estejamos realmente a orar. 

Ana era estéril. Ela tinha uma dor na alma, um desgosto por não ter filhos. Ela podia muito bem pensar assim: ' Eu sou estéril. Deus não quer que eu tenha filhos' e ficava por aqui. Mas não, Ana tinha a alma inflamada de fé, determinação, confiança. Ela não tinha uma alma morna, uma alma do " tanto faz", mas ela correu sem demora para o Senhor na sua aflição e derramou totalmente toda a sua alma  na Sua presença, ela rasgou o coração em lágrimas e fez um voto. Mesmo se o Senhor não a atendesse no pedido ela não hesitou e pensou: ' E se eu ficar com muitas expectativas e não acontecer?' Não, ela avançou confiante, pois o pedido que ela fazia o consagrava totalmente ao Senhor! 

Será que andamos a fazer pedidos a Deus para termos mais que os outros, para nos mostrar? Será que os nossos pedidos são realmente para nos fazer pessoas melhores, pessoas cheias de amor?

Ana não pediu um filho para se mostrar aos outros. Ela pediu um filho para dar honra e glória a Deus, pois o seu coração ardia pela maternidade e o ofereceu. E sabem, o que aconteceu? 
Por este gesto tão belo o Senhor deu-lhe a graça depois de Samuel de dar à luz mais três filhos e duas filhas! 

Eis o segredo: quando orarem ao Senhor pedindo o que quer que seja, consagrem tudo totalmente ao Senhor e não tenham medo. 

"Mas vamos pedir algo a Deus para depois Ele nos retirar de volta?"
Estamos tão apegados aquilo que pedimos que até temos medo que Deus nos tire se o consagrarmos a Ele. É precisamente o contrário! Consagrarmos as coisas, os filhos, a família a Deus é a segurança que nunca os vamos perder, servindo na terra para a Glória de Deus e depois se tudo é para Ele é Nele e para Ele que um dia estaremos juntos na eternidade...

Quais são os problemas que vocês estão a enfrentar? Aqueles que vos fazem sentir amargurados, com o coração apertado?
Vocês acham mesmo que já não vale mais apenas rezar por eles?
Para quem ou para quê correm sem demora em primeiro lugar quando têm uma aflição?

Será que os vossos pedidos são feitos com " copiosas lágrimas" ou são feitos com o pensamento: " se aconteceu, aconteceu, senão.. paciência"?
Será que estão dispostos a fazer um voto sincero com o Senhor, pelo vosso pedido? Ou não querem fazer nada e só esperam receber, receber...?
Quantas vezes já repetiram o pedido ao Senhor? Ana repetiu vezes sem conta...

Antes de acontecerem os encontros mensais das Famílias de Caná em Proença- a - Nova, eu lembro-me de fazer esta oração vezes sem conta:

" Querida mamã , Maria, eu não conheço famílias dispostas a estarem presentes para os encontros aqui em Proença, mas tu sabes o quanto é urgente ajudar e unir as famílias... Tu sabes o desânimo e os problemas que passam...Eu estou disposta a fazer os encontros de qualquer maneira, só preciso que sejas tu a convocar as famílias, tu conheces os seus corações melhor que eu. Leva-me até elas, eu só as quero levar ao Senhor."






terça-feira, 23 de junho de 2015

A meia perdida

Quem tem crianças em casa sabe o quanto elas sujam roupa. Nós vivemos numa aldeia, e as crianças adoram brincar na terra. Para juntar à festa os meus pequenos adoram comer fruta, e gostam sempre que é possível subir nas árvores ou no escadote para colhê-las. Já passou a época das cerejas, agora temos os pêssegos, este ano não são muitos, mas deliciosos! Falar de roupa lá em casa é sempre uma festa, pois constantemente faço máquinas, há sempre roupa no meu estendal! Os mais pequenos chamam carinhosamente ao monte de roupa lá em casa: "o monte Everest" e penso que não é preciso explicar o porquê. Ensinei-os a separar a sua roupa e a encontrar os pares de meias. A ajuda deles é preciosa para mim, poupa-me imenso tempo. Estava eu a encontrar os pares de meias do Serge quando me apercebi que faltava uma meia. Logo pedi ajuda:
- " Gabriel, falta o par desta meia, por favor tenta encontrá-lo. Onde ele pode estar? Será que caiu atrás do móvel ou foi a Sofia que pegou nele e o escondeu?" O Gabriel lá foi tentar encontrá-lo mas sem sucesso. 
-" Mamã"- disse-me- " procurei-o por todo o lado e não o encontro. É só um par de meia! Não é assim tão importante!"
-" Claro, que é importante Gabriel! Para esta meia que fica sem par faz toda a diferença pois ela fica sem utilidade... Ela não pode estar longe. Será que ficou no estendal, ou no chão lá fora? Não vou desistir até a encontrar! " 
Durante bastante tempo andei à procura da meia perdida enquanto fazia outras coisas ao mesmo tempo. Passado algum tempo, enquanto o Gabriel e a Clarinha estavam a brincar no quarto e a Sofia... bom, não me  lembro ao certo onde ela estava mas andava ali perto a brincar, olhei de baixo do móvel e lá estava a meia perdida! Eu sabia que a ia encontrar!

-" Alegrem-se comigo, encontrei a meia perdida!" gritei bem alto. Os três vieram logo ter comigo.
-" Vamos fazer uma festa! Encontrei a meia perdida!"

Ao sorrir para eles meditava no meu coração:" Às vezes também me sinto uma meia perdida, muitas vezes também tenho de ir à máquina para ser lavada e no "monte" de todas as pessoas à minha volta será que eu sei que sou importante ? Será que eu acredito que cada "meia", cada pessoa no mundo,  faz sim, muita diferença para que outras se salvem? para que outras queiram caminhar e mudar o mundo? 

Só há uma coisa que eu sei: Deus nunca vai desistir de me procurar se me perder, ele vai procurar-me com a certeza de que eu sou importante para Ele e vai alegrar-se muito cada vez que me encontrar. Não importa o número de vezes que isto acontecer, Ele fará sempre uma grande festa!



segunda-feira, 22 de junho de 2015

A salada de frutas

Cá em casa todos adoram fruta! A Sofia come pelos dois!
 Hoje no lanche preparei uma taça para cada um cheia de pedacinhos de fruta. Além da fruta da época e dos pêssegos que já estavam madurinhos na árvore juntei pedacinhos de manga e papaia. Mal se sentaram na mesa, mesmo antes da oração, a Clarinha começou logo a queixar-se que não queria comer. 
-" Não quero banana, e... não gosto de papaia!"- disse-me muito chateada. A Clarinha é a que fala mais de Jesus cá em casa e é aquela que mais gosta de falar em oferecer sacrifícios a Jesus mas também é aquela que é capaz de reagir mal e ficar chateada quando as coisas não correm como ela gosta.

Descobri uma arma poderosa capaz de tocar o seu coraçãozinho nesses momentos e voltá-lo para Deus. Desde que ela ouviu pela primeira vez o amor com que Jesus morreu na cruz por nós e o exemplo dos santos há um "click " dentro dela sempre que eu a lembro nesses momentos.

Muitas famílias se queixam que não sabem como lidar com os filhos, pois eles não lhe obedecem, não se portam bem. Pois aqui fica a minha dica: Não há nenhuma criança ( falo pela experiência da catequese) que fique indiferente aos exemplos e aventuras dos santos. As minhas crianças da catequese ficam de boca aberta a ouvir e perguntam: " A sério, catequista?!" Leiam, leiam muito acerca da vida dos santos e apliquem na educação dos vossos filhos e peçam a intersecção desse santo. Os mais pequenos não vão ficar indiferentes e verão muitas transformações nos seus comportamentos.

Ah, tenho uma notícia de esperança para vocês que dizem que os vossos filhos se portam mal!Gosto muito de ler a vida dos santos e por aquilo que tenho lido, uma grande parte dos santos na sua infância foram rebeldes e determinados! Anne de Guigné é um exemplo disso e morreu ainda criança.

Mal ela acabou de reagir porque não queria comer a papaia, olhei para ela e disse:

-" Sabes Clarinha, em África as crianças não têm estas frutas boas para comer e morrem porque não têm comidinha... Ah! Sabes, o que a amiga da mamã fez quando tinha 5 anos? quase a tua idade! O primeiro sacrifício, a primeira prenda que ela começou a oferecer a Jesus era esta: ela olhava para o prato que os tios lhe davam com a refeição e só comia aquilo que não gostava para oferecer a Jesus!.... fazemos o seguinte: comes dois pedaços de papaia e ofereces a Jesus!" ela olhou para mim pensativa e depois determinada disse:

-" Não mamã! Eu vou comer 6 pedaços grandes!"
-" Muito bem, Clarinha! Jesus vai ficar muito contente com a tua prenda mas primeiro vais até ao canto de oração e pedes desculpa a Jesus por teres reagido mal, ok?" Ela saltou do banco e até parecia outra e disse-me enquanto se dirigia para lá: 
-" Não podes ouvir a minha oração, mamã!" Depois voltou para o lugar e esforçando-se por ter cara alegre comeu tranquilamente.



A catequese em festa

Ontem a catequese da nossa paróquia esteve em festa! A paróquia de Cardigos onde ambos damos catequese tem poucas crianças e jovens e a festa, à excepção da primeira comunhão, ocorre numa única celebração para todos os anos.
Foi uma celebração muito bonita e os meus meninos do 6ºano fizeram a sua profissão de fé. Como os meus meninos estavam lindos!
O dia da festa da catequese lembra sempre a toda a comunidade que a paróquia tem vida! Há crianças e jovens que querem crescer na fé, que buscam saber o que deixa Jesus feliz, que querem ouvir as histórias da Bíblia e saber mais sobre a vida dos santos. É um pouco isso que eu passo na minha catequese. 
Este dia foi só um símbolo exterior para toda a comunidade do trabalho e dedicação que foi feito ao longo de todo o ano...


 


No final da celebração, o Padre Ilídio chamou todos os catequistas ao altar e agradeceu o seu trabalho e dedicação ao longo do ano.
Na verdade a catequese não acontece isolada numa paróquia, trabalhamos em equipa, caminhamos juntos: catequistas, sacerdotes e famílias. Tive oportunidade ainda em nome de todos os catequistas agradecer à equipa de sacerdotes da nossa paróquia que nos acompanha, que nos possibilita receber Jesus em cada Eucaristia e agradecer a todos por estarmos ali juntos...

Em cada criança, em cada jovem, em cada sorriso esconde-se o rosto de Cristo. Se estivermos atentos, todas as pessoas com quem nos cruzamos são as pessoas certas para nos mostrar a grandiosidade do amor de Deus. Deus esconde-se também nas pessoas que temos dificuldade em amar e espera de nós um sim. 
Sim! Eu quero amar todos como Tu nos amas, Senhor!

sábado, 20 de junho de 2015

A alegria e a falta dela

Quando comecei a ter maior comunhão com o Senhor e uma vida  de oração diária comecei a perceber claramente no meu dia-a-dia um sinal claro sempre que me afastava dos Seus caminhos....: a falta de alegria. Esta falta de alegria lá no fundo é falta de confiança em Deus e nos seus desígnios. Muitas pessoas nem ligam a este sinal, e acham que é normal. Toda a gente está acostumada a levar uma vida mais ou menos. Mas com o tempo vem o desânimo, a falta de paciência, o reclamar e ....uma bola de neve se segue. 
A alegria verdadeira é uma escolha, não depende se as coisas correm bem ou não, estarmos gratos diariamente por tudo e confiantes que Deus está a caminhar à nossa frente. Para mim a alegria é um assunto sério e não um mero pormenor. A alegria é um fruto do Espírito Santo ( Gálatas 5: 22-23).

É fácil com o cansaço, perder a alegria e viver o dia-a-dia a cumprir obrigações e não sorrir nas coisas simples que acontecem à nossa volta. Sempre que isso me acontece, recorro sem demora ao sacramento da reconciliação, pedindo a graça da confiança em Deus e da alegria para dar testemunho aos outros que quem ama o Senhor é alegre e uma nova força age em mim, a força do Espírito Santo...

Volto para casa e me alegro, pois quando estamos perto do Senhor, bem pertinho, podemos até estar a sofrer, o mundo estar de pernas para o ar, mas sentimos uma alegria, um preenchimento interior que nada nem ninguém pode ocupar, uma segurança, uma fortaleza, um sentimento que temos tudo, vivemos a expressão: 'Só Deus Basta!'. 
Quando o Senhor se faz presente em nós, muitas situações que consideramos boas ou más deixam de o ser e passam a ser neutras. Só desejamos manter esta união com Ele e estamos dispostos a arriscar tudo, a dar tudo para permanecer na Sua graça.

Volto para casa e sorrio novamente com o Senhor bem pertinho de mim, ao ver o gestos de amor da Sofia para com Jesus...


Consigo sentir a excitação e os pulinhos de alegria das crianças, só porque pusemos estrelinhas florescentes no teto do quarto...


Em tudo consigo ver o milagre do amor de Deus...




 E no dom da vida, o meu coração queima de alegria!



E até consigo dar umas boas gargalhadas sem me irritar com as traquinices da Sofia e lembrar-me de quando era criança e louvar a Deus...


-" Sofia..., outra vez a comer comida dos periquitos?!"




Consigo olhar ao fim do dia para as coisas que ficaram por fazer lá em casa e não me entristecer, agradecendo por todos os momentos bons que aconteceram. O meu coração permanece grande, muitas vezes até queima!


Quando escolhemos viver a vida enraizados na alegria, somos fortes! É o Senhor que nos guia! Somos fonte de inspiração para os outros e o rosto vivo do próprio Deus! 


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Juntos em família

As férias da escola chegaram e confesso que o meu coração se enche de alegria por ter os meus filhos juntos. Gosto muito de partilhar as minhas tarefas, alegrias e histórias com eles enquanto o dia acontece. O tempo está quente e lá fora há tanta coisa para descobrir, tanta coisa para aprender, tantas histórias para ouvir, tantos passeios para fazer. Podem não acreditar, mas muitas vezes é mais cansativo estar sozinha com a Sofia a realizar as minhas tarefas do que ter os três juntos. O Gabriel já me ajuda muito lá em casa e em três tempos arruma-me a sala. A Clarinha muitas vezes brinca com a Sofia e ajuda-a a sentar-se no bacio ( sim, ela está a aprender). A Sofia pede mais atenção se estiver só comigo, quando chegam os irmãos é uma festa! É claro, que muitas vezes também se chateiam uns com os outros, mas isso significa  mais oração lá em casa, pois logo são chamados a pedir perdão e a dar um beijinho. 
Este trabalho em equipa é fonte de alegria e crescimento para todos. Eu gosto muito de cuidar da minha família, acima de tudo estar junto dela e servi-la com amor nas pequenas coisas. É isto que me faz feliz, são as pequenas coisas, nelas encontro Deus.
Muitas coisas têm de ficar para trás todos os dias para fazermos o que realmente é essencial, nem sempre consigo arrumar tudo lá em casa ao fim do dia, mas para mim o essencial de cada dia é darmos tempo uns aos outros em família, é dividirmos tarefas, é estarmos presentes, é rezarmos juntos.